Penso muitas vezes na responsabilidade de, como algumas pessoas dizem, ter uma voz.
Poder publicar um podcast e artigos de opinião ou num perfil de Instagram que, muitas vezes, tem mais comentários do que likes. Eu acho sempre que não tenho voz nenhuma, que ninguém lê ou quer saber e, mesmo assim, vou continuando porque, de vez em quando, recebo mensagens ou comentários que provam que, afinal, tudo o que afirmamos pode influenciar a vida de alguém. Neste caminho, só quero influenciar de forma positiva, sem as tretas do costume, usando a minha voz - a tal de que se fala - para dizer o que penso e pensar sobre o que devo dizer. Da mesma forma que Bruno Candé e o racismo que não existe em Portugal (por favor…) é incontornável, também as vozes femininas que nos chegam da Turquia merecem ser ouvidas mesmo que, pelo caminho, a mensagem se tenha distorcido ou afastado do objectivo inicial. Mantendo o princípio de que precisamos manter-nos unidas - sim nós e as cabras também - porque ainda há um longo caminho a percorrer em direcção a uma sociedade verdadeiramente igualitária - note-se que Portugal é igualitário e que há sítios piores para viver mas afirmar que este não é um país conservador, tradicional, machista e patriarcal é só brincar com as palavras. Os inúmeros exemplos que me surgem de imediato na memória provam o contrário. Avante que nada disto é sobre mim, antes sobre o privilégio que tenho em poder dizer o que penso e ter quem me publique sem, antes, verificar palavra a palavra cada ideia ou intenção. Estou grata por isso como estou grata por saber defender-me e ter uma voz, meios e ferramentas que me permitem não ser vítima de violência, seja ela qual for - e ter uma ideia sobre o que fazer caso alguma vez tal me venha a acontecer. Muitas mulheres não têm esta liberdade ou privilégio porque são mulheres. Apenas isso.
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Através da observação da sua linguagem corporal poderá identificar o tipo de liderança parental, recorrendo ao modelo educativo criado porMaccobye Martin.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.