Todos julgamos, criticamos, avaliamos previamente com base no nosso próprio julgamento porque, na maior parte das vezes, julgar é apenas um reflexo da nossa imagem ao espelho, do medo, dos traumas e inseguranças que temos.
Se não estivesse já com a cabeça mergulhada nas férias ocorrer-me-ia dizer umas palavras sobre o crime ignóbil de Moscavide. Se não estivesse distante do que acontece no mundo poderia escrever sobre essa tendência tão humana de julgar. Se não estivesse neste limbo, se os tivesse no lugar e não receasse essa tendência, também tão humana, de criticar, já teria opinado sobre o tema, quem sabe no twitter, ou partilhando o rosto de Bruno Candé no instagram mas não o fiz principalmente porque aquilo que me ocorre, de imediato, é o julgamento do outro, nessa destilaria de ódio e frustração em que o twitter se vem transformando. Se estivesse (mais) atenta às notícias, provavelmente o meu olhar sobre e o tema seria outro porque aqueles que afirmam não existir racismo em Portugal não sabem do que falam. O racismo é um julgamento de valor que consideramos intrínseco à natureza humana quando, na verdade, é um comportamento social aprendido, fruto da socialização de que somos alvo. Creio que ninguém nasce achando que o outro é diferente e que isso é mau. As crianças conseguem observar a diferença, igorando-a de forma natural porque só começamos a verificar o julgamento e a crítica à medida que vão crescendo, socializadas e educadas em torno de um determinado conjunto de princípios e valores.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Através da observação da sua linguagem corporal poderá identificar o tipo de liderança parental, recorrendo ao modelo educativo criado porMaccobye Martin.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.