Sábado – Pense por si

Maria J. Paixão
Maria J. Paixão Investigadora
09 de fevereiro de 2025 às 10:03

Ainda Marias

Falta-nos fazer a revolução cultural-espiritual. Maria Teresa Horta representava, precisamente, essa revolução por realizar. Era uma mulher sem medo, que não se calava. Quando questionada, um dia, sobre o que era a liberdade, Nina Simone respondeu "Liberdade é não ter medo". Se assim for, Maria Teresa Horta foi uma das poucas mulheres portuguesas verdadeiramente livres.  

Morreu Maria Teresa Horta. Com o seu desaparecimento físico desaparece também a nossa possibilidade de redenção pelo tão pouco que ousámos honrá-la. Do lado de cá do primeiro quartel do século XXI, Maria Teresa Horta continua, majestosamente, a segurar o espelho ao mito nacional. A morte da última – e, porventura, mais disruptiva – das Três Marias traz em si a tristeza latente de um país que nunca se cumpriu. Mais de meio século depois de ter enfrentado, na barra do tribunal, o patriarcado português, continuamos um país de "Marias" – subordinadas, obedientes e sofredoras.  

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