Sábado – Pense por si

Maria J. Paixão
Maria J. Paixão Investigadora
21 de julho de 2024 às 10:00

A espetacularização da distopia

Se uma pessoa não tivesse qualquer contacto com a política e cultura norte-americanas, assistir à campanha eleitoral pela primeira vez seria uma experiência surreal.

A América – melhor dizendo, os Estados Unidos da América – tem a força gravitacional de um buraco negro. O mundo inteiro precipita-se mentalmente para lá, querendo ou não. Nos últimos dias assistimos ao expoente dessa força, com a tentativa de assassinato de Donald Trump a saturar o espaço mediático português. Antes disso, todavia, as eleições estadunidenses já tinham começado a consumir, de forma especialmente predatória, a atenção dos europeus.  

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.