Sábado – Pense por si

João Paulo Raposo
João Paulo Raposo Secretário-geral da Associação Sindical dos Juízes Portugueses
17 de outubro de 2017 às 11:17

Papéis

Se esse papel de debate livre e plural foi plenamente cumprido, houve papéis cujo preenchimento ficou no tinteiro. Falo, antes de todos, do papel do "Supremo Magistrado da Nação".

Fechou-se a cortina sobre o XI Congresso dos Juízes portugueses. Não é imodéstia dizer que correu bem. O encontro cumpriu o seu papel de espaço de debate, virado para a sociedade, acolhendo opiniões e críticas de fora do sistema. Essa abertura levou até a um momento de alguma crispação, quando o escritor convidado, Richard Zimler, num dado painel, formulou uma crítica direta a uma decisão judicial cujo autor, por acaso da sorte ou do azar, se encontrava na sala. A crítica não era justa. O crítico expressamente reconheceu que não leu a decisão. Mais importante, apesar de tudo, é haver possibilidade de se fazer um debate aberto e dentro dos limites da correção. Foi o que aconteceu. Não deixa, porém, de se repetir a nota habitual. Mesmo para pessoas informadas, as críticas à justiça continuam a assentar em informação incompleta ou truncada.

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