Sábado – Pense por si

João Paulo Batalha
João Paulo Batalha
12 de junho de 2024 às 07:21

É bem feito

A exemplar condenação de Manuel Pinho e Ricardo Salgado mostra que, se for sensata, prática e inteligente, a Justiça funciona.

Manuel Pinho, sabemo-lo hoje, nunca foi ministro da Economia. Foi, desde o início, um capataz da captura do Estado, instalado no núcleo central do Governo para garantir a Ricardo Salgado e ao Grupo Espírito Santo o acesso irrestrito aos favores públicos. O lugar de ministro nunca foi um cargo público, foi um disfarce para a rapina privada. A condenação judicial da semana passada, claro que ainda passível de recurso (aliás, imediatamente anunciado), tira pela primeira vez o retrato da vasta e sólida máquina de corrupção que se instalou no coração da República, naqueles anos sombrios. Isto, enquanto outros processos centrais para percebermos esse tempo, como a Operação Marquês e o processo principal dos BES, continuam a derrapar nos tribunais, dez anos (ou mais) depois de se terem iniciado.

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