Sábado – Pense por si

João Camargo
João Camargo Investigador de alterações climáticas
22 de abril de 2016 às 13:01

E não se pode exterminá-las?

As grandes empresas responsáveis pela expansão da hegemonia petrolífera hoje escudam-se no desconhecimento que existia na altura relativamente ao sistema climático e às emissões de gases pela combustão dos combustíveis fósseis

A 20 de Julho de 1969 Neil Armstrong tornou-se o primeiro ser humano a pisar a lua. A Apollo 11 tornava-se a primeira nave especial terrestre a aterrar noutro planeta. Minutos depois, Buzz Aldrin tornava-se a segunda pessoa a pisar a lua. Apenas três anos mais tarde seria tirada a mais famosa fotografia da Terra a partir do espaço, na missão Apollo 17. Esta foto da Terra, isolada, azul e branca no meio de um imenso negro, com nuvens a cobrirem o continente africano e Madagascar, ficou conhecida como "Mármore Azul" e ilustrava na perfeição a noção de "nave espacial Terra", sistema praticamente fechado, sem trocas com o exterior. Viviam-se os "anos de ouro" do capitalismo ocidental, antes da crise do petróleo de 1973 que iniciaria o desmantelamento dos controlos financeiros, a reversão da noção de Estado Social e a preparação para a recessão económica intermitento-permanente em que vivemos hoje. Mas preparava-se ainda algo muito mais grave: a explosão de emissões de gases com efeito de estufa que levaria ao fenómeno das alterações climáticas e do aquecimento global.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.

Gentalha

Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.