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A ideia, que não é de hoje, é uma taxa sobre multimilionários. Não é uma taxa para os ricos, é uma taxa para os incrivelmente ricos. Para ter uma ideia, não é para os que têm casas de férias e mais de 2 automóveis. É mesmo para aqueles que conseguem ter ilhas privadas.
Há várias ideias que vão mudando o mundo e algumas nem precisam de ser muito complexas. A redução do horário de trabalho, a igualdade de direitos humanos, a igualdade perante a lei. Nunca foram inequívocas inicialmente, mas foram fazendo o seu caminho até serem indiscutíveis (se bem que algumas começam a ser discutidas). O truque da implementação destas ideias costuma ser o timing da proposta. Se durante uma crise económica quisermos uma jornada de trabalho mais curta, será mais difícil apresentar os argumentos a seu favor. No entanto, há mesmo ideias imunes ao seu timing por serem mais abrangentes e sistémicas. Em tempos de desigualdades a aumentarem de dia para dia, tornam-se inevitáveis.
A ideia, que não é de hoje, é uma taxa sobre multimilionários. Não é uma taxa para os ricos, é uma taxa para os incrivelmente ricos. Para ter uma ideia, não é para os que têm casas de férias e mais de 2 automóveis. É mesmo para aqueles que conseguem ter ilhas privadas. A concentração de riqueza atinge um nível insustentável, e sem uma intervenção directa é bem possível levar ao colapso social e económico das sociedades ocidentais. Esta proposta não nasceu hoje, foi sugerida recentemente pelo economista Gabriel Zucman e apoiado por figuras americanas como Warren Buffet e até certos segmentos ultra-ricos.
Defendem mesmo que não é por questão ideológica, mas de sistema. Esta ideia passou recentemente para a ribalta por causa dos vídeos de Gary Stevenson. Um milionário que conseguiu a sua fortuna no mercado financeiro, e decidiu dedicar a sua vida a denunciar as desigualdades deste sistema e mercado. Gary reparou que o problema não é só dos ricos acumularem a riqueza, mas que criam um sistema que os protege de qualquer redistribuição significativa.
Também não é novidade que a altura em que os Estados Unidos da América desfrutavam de uma sociedade menos desigual foi precisamente durante a implementação de taxas sobre os ultras ricos que chegavam aos 91% sobre rendimentos mais elevados
pelos anos 40 a 70. Recentemente a Suécia também aumentou a progressividade e até uma taxa sobre heranças. Isto permite reduzir as cargas fiscais sobre o trabalho da verdadeira classe média e média alta que alimentam a economia. Para além disso, nos tempos atuais de guerra, o enorme esforço económico e investimento sobre mecanismos de defesa vão levar certamente a cortes sociais. É uma escolha consciente quando temos instrumentos financeiros mas que não usamos e preferimos enviar mais pessoas para a pobreza. Tudo isto para seguir teorias económicas desatualizadas, onde a riqueza intocada dos bilionários vai "escorrer" para o resto da sociedade. Nos últimos anos vimos a maior transferência de sempre dos mais pobres para os mais ricos, criando um efeito anti-gravidade de trickle-down economics. A concentração de (muito, mesmo muito)
dinheiro, assim como de poder, na sociedade actual é imoral face aos desafios sociaisrelacionados com a habitação, saúde, educação e ambiental que vivemos.
A história mostra sempre que mudanças sistémicas por mais controversas que sejam acabam por se tornar inevitáveis. Especialmente, quando o peso das desigualdades ameaça o equilíbrio social. A taxa sobre os ultra-ricos não é uma questão ideológica, mas de preservação da própria economia e da coesão social, um bastião da União Europeia. A erosão da mobilidade social, a esperança colectiva, a justiça social e o próprio contrato social entre cidadãos e governo fica insustentável sem novos recursos. Ignorar esta reforma é perpetuar o sistema onde os privilegiados se reforçam e os desafios da maioria são desprezados. Como sempre, é preciso a coragem de desafiar o aparente impossível e responsabilizar aqueles que escolheram ignorá-lo.
A questão passa sempre por garantir que as regras e leis estão a ser também transpostas para o mundo digital. Sabemos bem que a maioria destes comentários feitos
fora destas redes sociais trariam consequências legais para estes indivíduos. No entanto, nem sabemos sequer quem os escreve.
São estes os nomes das pessoas que ativamente procuram lucrar com o ódio, a polarização e que atiram areia para cara dos portugueses com falsos problemas. Mas não são só estes nomes que são responsáveis pela deriva antidemocrática, racista e xenófoba que acontece no nosso país.
Uma pessoa que vem da população para a política e que passou por todos os problemas que hoje tenta resolver. Um muçulmano apoiado por judeus. Tudo na sua história parece indicar pouca probabilidade de atingir o sucesso, especialmente no contexto financeiro americano, mas cá está ele.
Se o tema associado à sustentabilidade das próximas gerações sempre teve como prioridade o aspecto ambiental do planeta, cada vez mais parece ser apenas a ponta do iceberg.
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Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
O Chega está no centro do discurso político e comunicacional português, e bem pode o PSD querer demarcar-se a posteriori (e não quer muito) que perde sempre. A agenda política e comunicacional é a do Chega e, com a cloaca das redes sociais a funcionar em pleno
É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro