NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
O melhor que o Governo nos tem a apresentar no arranque de 2024 é a devolução do dinheiro das propinas por cada ano de trabalho em Portugal. O que nos estão a tentar dar é muito inferior ao que os jovens têm perdido.
A chegada de um novo ano desperta múltiplas emoções. A esperança vive em nós, jovens, quase todos os dias. Porém, hoje, ter confiança é cada vez mais custoso e o desalento é grande, mesmo nesta altura propícia à definição de objetivos e sonhos.
Os jovens eternizam a condição de juventude num País que cria entraves para a nossa consagração como adultos. A precariedade perdura e os salários baixos não acompanham o valor acrescentado da geração mais qualificada de sempre. O País não revitaliza o mercado de trabalho e tardam as condições dignas para a emancipação jovem. Não há casas para viver a preços que possamos pagar. Como resultado, saímos de casa dos pais já muito tarde, em média, aos 29,7 anos, acima da média da União Europeia. Sem suporte parental, o direito ao futuro está hipotecado.
À minha geração, o País continua a oferecer instabilidade e a querer resolver problemas estruturais com medidas avulsas e pontuais. O melhor que o Governo nos tem a apresentar no arranque de 2024 é a devolução do dinheiro das propinas por cada ano de trabalho em Portugal. O que nos estão a tentar dar é muito inferior ao que os jovens têm perdido. A medida não será suficiente para evitar a sangria de talento para o exterior. Só nela confia quem acreditar no Pai Natal. Feitas as contas, 697€ de apoio anual permitem a um jovem pagar um mês de renda, repito um. Não há comparação possível se, lá fora, os salários são bem superiores, permitem suportar as despesas com habitação, poupar e viver, no sentido pleno da palavra. Quase 3 em cada 4 jovens auferem menos de 950 euros líquidos por mês. Assim, Portugal continuará a exportar talento gratuito, depois de investir o dinheiro dos contribuintes no Ensino Superior.
A juventude não precisa destas prendas eleitoralistas, férias em pousadas ou viagens turísticas. Queremos garantias para ficar cá, sob pena de a viagem ser de ida para o estrangeiro e sem volta, a menos que seja para passar férias e rever família e amigos.
Os jovens querem melhor futuro, mas que este se concretize no nosso País. Caso contrário, procurarão o futuro além-fronteiras. Por isso, os partidos políticos devem concentrar-se em explicar aos jovens como vão criar condições para que Portugal seja a sua primeira escolha, ao invés de tornar o País numa incubadora de jovens emigrantes qualificados. O que pedimos é uma estratégia para a juventude a médio-longo prazo, porque não temos previsibilidade, nem estabilidade. Não sabemos o que esperar no dia seguinte e não conseguimos planear o presente, nem tão pouco o futuro.
Será, 2024, um novo ciclo para as jovens gerações? Será este ano novo uma pura ilusão, mais do mesmo, ou, pelo contrário, um ano que trará soluções para o nosso futuro?
Há quem considere que ano bissexto não augura nada de bom e as crenças populares reforçam as superstições "Ano bissexto, ano travesso" ou "Março de ano bissexto, muita fome e muito mortaço". Eu prefiro acreditar que 2024 será um ano bom, ao invés do malfadado ano de todas as eleições. Porém, não basta a mudança de ano e o início de janeiro para que o estado das coisas mude.
Neste ano de 2024, em que também se assinalam os 500 anos do nascimento de Luís de Camões, recordo o soneto "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", que facilmente transportamos para o presente, por aludir à desilusão das mudanças dos tempos, às expectativas não correspondidas e ao bem quase inexistente. Tomemos o exemplo do poeta, que tinha medo de que tudo ficasse na mesma. Sejamos críticos, inconformados e empenhados para que o País se possa rejuvenescer, não com revoluções, mas com as reformas de que precisa. Feliz 2024!
Ana Gabriela Cabilhas é candidata às eleições legislativas pela Aliança Democrática
Acredito que a hipnocracia, ao criar imaginários coletivos, pode beneficiar ou boicotar uma governação e influenciar eleições, sempre com consequências destrutivas para as instituições democráticas.
A imigração é uma das áreas que mais preocupação e polarização ocupa no debate público e político, sendo instrumentalizada pelos extremos à direita e à esquerda, por quem quer culpar os imigrantes por tudo e por quem quer ignorar que os imigrantes têm direitos e deveres.
Os centros públicos de Procriação Medicamente Assistida são 10, um número inferior aos 18 centros privados, e a resposta pública é inexistente no Alentejo e no Algarve.
O relatório "O consumidor de comunicações eletrónicas" da ANACOM mostra que 20% dos portugueses entre os 55 e os 64 anos nunca acedeu à internet e que o valor ascende aos 42% entre os 65 e os 74 anos, enquanto a média europeia é de 8% e 22%, respetivamente.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.