Tentamos reconstituir a vida da criança de 9 anos que morreu em casa do pai e foi abandonada numa mata. Olhamos para as dificuldades dos alunos no ensino à distância. E acompanhamos as primeiras reuniões familiares após o fim do estado de emergência
Quando foi chamada a investigar o desaparecimento de uma menina de 9 anos na localidade da Atouguia da Baleia, a Polícia Judiciária não descartou nenhuma hipótese. Vem nos manuais: tal como nos casos de abuso sexual, os desaparecimentos de menores envolvem quase sempre familiares próximos. Por norma, essas revelações deixam incrédulos aqueles que conviviam com os agressores. Foi também esse o sentimento geral que o repórter Tiago Carrasco encontrou na região, depois de se saber que as autoridades tinham detido Sandro Bernardo e a sua companheira por suspeitas de homicídio e ocultação do cadáver da filha do primeiro. As suas conversas com familiares e amigos permitem reconstituir um pouco da vida atribulada da criança que durante muito tempo viu o pai recusar-se a reconhecer a paternidade. Foi justamente quando as coisas pareciam começar a melhorar que a tragédia ocorreu – em circunstâncias que apenas duas pessoas sabem quais foram e que a justiça irá apurar ao detalhe nos próximos tempos. Para já, apenas uma certeza: morreu uma criança que não devia ter morrido. O nome dela era Valentina.
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Há momentos que quebram um governo. Por vezes logo. Noutras, há um clique que não permite as coisas voltarem a ser como dantes. Por vezes são casos. Noutras, são políticas. O pacote laboral poderá ser justamente esse momento para a AD.
A recente manifestação dos juízes e procuradores italianos, que envergaram as suas becas e empunharam cópias da Constituição nas portas dos tribunais, é um sinal inequívoco de que mesmo sistemas jurídicos amadurecidos podem ser alvo de ameaças sérias à sua integridade.
Apoiando Marques Mendes, recuso-me a “relinchar” alegremente campanha fora, como parece tomar por certo o nosso indómito candidato naquele tom castrense ao estilo “é assim como eu digo e porque sou eu a dizer, ou não é de forma alguma!”.
O tarefeiro preenche um buraco, não constrói a casa. Tal como no SNS, a proliferação de tarefeiros políticos não surge do nada. É consequência de partidos envelhecidos, processos de decisão opacos, e de uma crescente desconfiança dos cidadãos.