NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
Três soldados marroquinos da missão das Nações Unidas na República Centro-Africana morreram e quatro ficaram feridos
Três soldados marroquinos da missão das Nações Unidas na República Centro-Africana morreram e quatro ficaram feridos nos últimos dias em confrontos em Bangassou, relatou a ONU, que apela ao fim da violência na região.
O agravamento dos conflitos em Bangassou (700 quilómetros a leste de Bangui), desde sexta-feira passada, já levou "metade da população" local a fugir para a vizinha República Democrática do Congo, relatou o bispo católico desta cidade, Juan José Aguirre, citado pela Fundação AIS.
Bangassou, com cerca de 31 mil habitantes, tem sido palco, nos últimos meses, dos confrontos mais violentos entre a coligação rebelde Séléka, maioritariamente muçulmana, e a milícia anti-Balaka, na sua maioria cristãos, e que se arrastam desde 2013.
Esta terça-feira, dois elementos marroquinos da Missão Integrada Multidimensional de Estabilização das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA) foram mortos e um ficou ligeiramente ferido, numa emboscada "levada a cabo por presumíveis anti-Balaka", quando se abasteciam de água para fornecer a população, descreveu a força da ONU, num comunicado.
"Estou chocado por estas novas perdas de vidas humanas e condeno firmemente esta violação flagrante do direito à vida e do direito internacional", declarou o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas na República Centro-Africana, Parfait Onanga-Anyanga.
Já no domingo, um outro soldado marroquino foi morto numa emboscada pelo mesmo grupo, quando escoltava camiões-cisterna, num ataque em que três outros militares ficaram feridos.
No dia 21, membros do grupo anti-Balaka atacaram o edifício da catedral de Bangassou, onde estão refugiados, há mais de um mês, cerca de dois mil muçulmanos, ataque em que duas crianças ficaram feridas com gravidade.
Segundo o bispo católico, elementos dos anti-Balaka sequestraram uma jovem muçulmana grávida e, em resposta, "15 jovens extremistas sequestraram dois trabalhadores humanitários da Cáritas local, com as suas famílias", num total de cerca de 30 pessoas.
A própria catedral sofreu danos, depois de tentativas de incendiar o edifício.
"Os anti-Balaka pretendem causar estragos [em todo o lado], atingindo os muçulmanos, tentando matá-los e procurando impedi-los de se abastecerem de água, alimentos e lenha", disse Juan José Aguirre.
A força marroquina integrada na MINUSCA tem sido a responsável pela manutenção da segurança nas ruas de Bangassou e, em particular, da catedral.
"A MINUSCA exprime toda a solidariedade e apoio ao contingente marroquino destacado em Bangassou e felicita os seus soldados da paz pela sua coragem e pelos imensos sacrifícios que continuam a realizar perante as adversidades, pela protecção de todas as populações civis em Bangassou e noutras partes do país, qualquer que seja a sua identidade", refere a força, num comunicado.
A missão "apela a todas as pessoas de boa vontade para que se envolvam nos esforços de paz que empreende com o Governo e todas as partes interessadas, a fim de acabar com as violências intercomunitárias, com motivações confessionais" que se registam no país.
As Nações Unidas sublinham também que "a rejeição e/ou exclusão de qualquer parte da população centro-africana, por motivos religiosos ou étnicos, é contrária à Constituição da República e representa uma violação grave do direito internacional".
Portugal participa na missão da ONU na República Centro-Africana com 160 militares, dos quais a maioria são comandos, e tem ainda 11 outros elementos na missão da União Europeia neste país africano.
No total, estão cerca de 12 mil militares no terreno no âmbito da MINUSCA.
A República Centro-Africana (RCA), um dos países mais pobres do mundo, mas com muitos recursos, vive um conflito desde que, em 2013, o então Presidente, François Bozizé, foi deposto pelos rebeldes do grupo extremista Seleka, que se confrontaram com as milícias anti-Balaka.
A instabilidade já causou milhares de mortos, apesar de não haver números fiáveis, e obrigou cerca de um milhão de pessoas a abandonarem os seus lares.
Três soldados da ONU mortos em confrontos em Bangassou
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.