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Shigeru Ishiba nomeado novo primeiro-ministro do Japão

Lusa 01 de outubro de 2024 às 07:18
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Foi eleito com 291 votos a favor no parlamento japonês.

A câmara baixa do parlamento do Japão nomeou esta segunda-feira Shigeru Ishiba, o novo líder do partido no poder no país, como primeiro-ministro nipónico, horas depois da demissão do antecessor, Fumio Kishida.

Ishiba, de 67 anos, foi eleito com 291 votos a favor no parlamento japonês, a Dieta, dominado pela coligação governamental liderada pelo conservador Partido Liberal Democrata (LPD, na sigla em inglês).

Fumio Kishida, que anunciou em agosto que não se iria candidatar a um novo mandato de três anos, tinha-se demitido horas antes, abrindo caminho a que Shigeru Ishiba assumisse o cargo.

O secretário-chefe do Governo, Yoshimasa Hayashi, anunciou que Fumio Kishida e os seus ministros se demitiram numa reunião do executivo, realizada esta manhã.

Shigeru Ishiba, antigo ministro da Defesa, foi eleito na sexta-feira líder do LPD, vencendo outros oito candidatos nas primárias do partido que governa o Japão de forma quase contínua há décadas.

Fumio Kishida assumiu o cargo em 2021, mas anunciou a saída em agosto para que o partido possa ter um novo líder depois de o Governo ter sido assolado por vários escândalos de corrupção.

Shigeru Ishiba disse na segunda-feira que pretende convocar eleições legislativas antecipadas a 27 de outubro.

"Penso que é importante que o novo governo seja julgado pelo povo o mais rapidamente possível e, se as condições estiverem reunidas, espero convocar eleições [legislativas] antecipadas para 27 de outubro", declarou o futuro chefe do governo, durante uma conferência de imprensa.

"Estou ciente de que é bastante invulgar alguém que [ainda] não é primeiro-ministro fazer este tipo de declarações... mas não creio que seja inapropriado", acrescentou.

Durante a sua campanha para líder do LDP, Ishiba, de 67 anos, prometeu estimular a economia, incentivando o investimento nacional nos setores tecnológico dos semicondutores e da inteligência artificial.

REUTERS/Issei Kato
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