Sábado – Pense por si

Reportagem SÁBADO: O culto das armas na América

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto 21 de outubro de 2016 às 16:20

Há quase 300 milhões em mãos de particulares nos Estados Unidos. Uma parte da população diz que são perigosas. A outra que a Constituição lhes dá o direito de as ter. Nenhum dos lados está disposto a recuar

Andrew Clements, 36 anos, casado com uma imigrante búlgara, não espera pela reacção. Ri-se da própria piada enquanto conduz o Toyota 4Runner Limited branco em direcção a uma carreira de tiro, nos arredores de Austin, no Texas. As armas, e tudo o que com elas se relaciona, são uma parte importante da sua vida. Diz-se um coleccionador, daqueles que fabrica na garagem de casa as próprias munições. "Há um grau de arte nisso, de variáveis que é preciso eliminar, até se chegar à perfeição," diz. Deu os primeiros tiros aos quatro anos, a caçar com o pai. O filho seguiu-lhe os passos. "Isto não é muito comum, mas a primeira arma que lhe dei é uma espécie de minimetralhadora que dispara tiros de pistola. Não produz muita energia e é boa para ensinar o miúdo. Ele gosta. E aprende depressa."

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.