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Polícia não encontra ligações de atacante ao Estado Islâmico

23 de julho de 2016 às 12:56
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Autoridades não encontram provas de alguma ligação do atacante de Munique ao Estado Islâmico. Loucura é a justificação mais plausível

A polícia alemã disse hoje que está a trabalhar com a hipótese de "loucura" para explicar o tiroteio de sexta-feira em Munique, na Alemanha, que provocou dez mortos, afirmando ainda não ter encontrado ligações do atacante com o grupo Estado Islâmico.

"Nós encontramos elementos de que ele se preocupava com questões ligadas à "loucura" dos autores de assassínios, nomeadamente em livros e artigos de jornal", disse o chefe da polícia de Munique, Hubertus Andra, acrescentando que não foi descoberta nenhuma ligação com o grupo Estado Islâmico.

A polícia, que aponta para um possível caso de loucura, reiterou que se tratava de um jovem alemão-iraniano de 18 anos, que cresceu em Munique.

As autoridades policiais estão a investigar uma conta de Facebook através da qual o atacante, que matou nove pessoas num centro comercial de Munique e cometeu suicídio na sexta-feira, poderia ter convidado alguns conhecidos para se encontrarem na casa de hambúrgueres onde começou o ataque.

O jovem, segundo as primeiras investigações, já teria passado por algum tipo de "transtorno depressivo", sublinhando que as informações de que o jovem já teria recebido tratamento psiquiátrico estão a ser tratadas com muita cautela e investigadas.

A procuradoria de Munique referiu hoje também que o tiroteio protagonizado pelo jovem de 18 anos foi um "ato de loucura".

De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Kosovo, "três cidadãos do Kosovo estão entre as vítimas do tiroteio em Munique".

"O nosso consulado do Kosovo em Munique indicou, depois de contactar a polícia alemã e as famílias, que três jovens albaneses (do Kosovo) foram mortos no ataque", informou ainda o ministério kosovar.

Cinco das nove vítimas do jovem atacante eram menores de idade. Dezasseis feridos continuam internados e três destes estão em estado grave, segundo o último balanço da polícia.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.