NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
Francisco comentou o recente escândalo da compra de um imóvel em Londres no valor de 150 milhões de euros, negócio pelo qual estão a ser investigados cinco funcionários de altas instituições da Santa Sé.
Opapa Franciscoreconheceu, esta terça-feira, a existência de corrupção na gestão das finanças daSanta Séem relação aos donativos para o Óbolo de São Pedro, agora denunciada diretamente peloVaticano.
Numa conferência de imprensa realizada durante o voo de regresso do périplo iniciado na Tailândia e que hoje terminou no Japão, Francisco respondeu a uma pergunta sobre o recente escândalo da compra de um imóvel em Londres no valor de 150 milhões de euros, negócio pelo qual estão a ser investigados cinco funcionários de altas instituições da Santa Sé.
Antes de algumas acusações de querer "fazer dinheiro" com o Óbolo de São Pedro, destinado à recolha de doações para a manutenção da Igreja Católica e para ajudar no auxílio aos mais necessitados, o papa defendeu a necessidade de fazer investimentos.
Francisco explicou que uma boa administração é procurar um bom investimento "em que o capital não perca valor e seja moral".
"Pode-se comprar um imóvel, alugá-lo, vendê-lo. Mas com certeza, para o bem do povo do Óbolo", acrescentou.
Reconheceu, no entanto, que foi "um escândalo" o que se descobriu e que "foram feitas coisas que não parecem limpas", mas valorizou que a denúncia tenha sido feita pelo próprio Vaticano.
Segundo o Santo Padre, a reforma da metodologia económica que Bento XVI já havia iniciado e que se mantém atualmente está a funcionar, pois "foi o revisor interno das contas que deu conta de que havia algo 'sujo'" e que "teve a coragem de apresentar uma queixa contra cinco pessoas".
"É a primeira vez que no Vaticano descobrimos um escândalo por dentro e não por fora como muitas outras vezes", sublinhou.
Francisco confessou-se "feliz", pois tal "significa que hoje a administração do Vaticano tem os recursos para esclarecer as coisas feias que se sucedem lá dentro".
O Instituto para as Obras de Religião (IOR), o banco do Vaticano, "é hoje aceite por todas as bandas e pode atuar como os bancos italianos, algo que não podia ser feito no ano passado", acrescentou Francisco.
Em breve, o papa irá nomear o presidente da Autoridade de Informações Financeiras (AIF), responsável pela revisão das finanças da Santa Sé e pelo combate ao branqueamento de capitais, que, segundo ele, será "um magistrado de altíssimo nível financeiro nacional e internacional".
No dia 18 de novembro, o Vaticano anunciou que o suíço René Brülhart abandonou o cargo de presidente do Conselho de Administração da AIF ao concluir o seu mandato.
A maneira como Brülhart conduziu aquela instituição foi objeto de controvérsia no passado, sendo que em maio passado o então porta-voz interino da Santa Sé, Alessandro Gisotti, precisou de esclarecer que não existia qualquer procedimento ou investigação judicial contra o então presidente do Conselho de Administração da AIF.
Por sua vez, o diretor Tommaso Di Ruzza, que era o 'braço-direito' de Brülhart, está a ser investigado pelo Ministério Público do Vaticano.
A revista italiana L'Espresso adiantou em outubro que Di Ruzza e quatro outros oficiais da Cúria Romana eram suspeitos de crimes de "desvio de dinheiro, fraude, abuso de poder e branqueamento de capitais" pela compra do edifício de Londres.
Os interrogatórios em tribunal aos cinco suspeitos irão começar nas próximas semanas, anunciou o papa Francisco.
Papa admite corrupção na gestão económica do Vaticano
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.