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Orçamento de Capacetes Azuis cortado em 528 milhões de euros

28 de junho de 2017 às 19:19
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O orçamento passa assim a ser de 7,3 mil milhões. A proposta deverá ser votada na Assembleia Geral da ONU esta sexta-feira

Os estados membros da ONU concordaram hoje baixar o orçamento das suas forças de manutenção de paz, conhecidas como Capacetes Azuis, em 600 milhões de dólares (528 milhões de euros), uma redução de 7,2%.

O acordo, que reduz o orçamento anual de 7,87 mil milhões de dólares para 7,3 mil milhões, foi anunciado hoje e deverá ser votado na Assembleia Geral da ONU na sexta-feira.

As missões mais afectadas com este corte serão as do Sudão do Sul e da República Democrática do Congo, que com um orçamento de mil milhões cada uma são as mais dispendiosas.

O acordo é anunciado depois de semanas de intensas negociações e no seguimento da proposta de orçamento da Casa Branca, que inclui um corte de 37% na contribuição para as operações de manutenção de paz da ONU.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, está entre terça e quinta-feira, em Washington, a reunir-se com representantes americanos da Câmara dos Representantes e do Senado, os órgãos que elaboram o orçamento do Estado dos EUA, para contrariar estes cortes.

Segundo o porta-voz do secretário-geral, Sthephane Dujarric, o "secretário-geral discutiu os seus esforços para a reforma da ONU, a sua agenda de prevenção, a importância do envolvimento positivo dos EUA na ONU, e agradeceu os membros pela generosidade e apoio oferecido pelos Estados Unidos."

Também esta semana, a embaixadora dos EUA junto das Nações Unidas, Nikki Haley, participa nas suas primeiras audições públicas no Congresso desde que foi confirmada.

Na audição de terça-feira, confrontada com os comentários de senadores republicanos e democratas que criticaram os cortes propostos na contribuição dos EUA para a ONU, Haley defendeu a organização mas disse que a sua gestão podia melhorar.

"Tenho visto valor na ONU, e ao mesmo tempo [vi que] a ONU tem algumas gorduras nas margens", disse a diplomata.

A Rússia continua a querer tudo

Trump esforçou-se por mostrar que era dele o ascendente sobre Putin. Mas o presidente russo é um exímio jogador de xadrez. Esperou, deixou correr, mas antecipou-se ao encontro de Zelensky em Washington e voltou a provar que é ele quem, no fim do dia, leva a melhor. A Rússia continuar a querer tudo na Ucrânia. Conseguirá continuar as consequências dos ataques a refinarias e petrolíferas?