Sábado – Pense por si

Mossack Fonseca apresenta queixa por pirataria informática

"Esse é o único crime que foi cometido", insiste um dos fundadores da empresa panamiana

Um dos fundadores da panamiana Mossack Fonseca, no centro dos designados Papéis do Panamá", disse à AFP que a empresa foi alvo de "pirataria informática através de servidores no estrangeiro" e que apresentou queixa na justiça.

Ramon Fonseca disse que a empresa apresentou uma queixa junto da Procuradoria-geral panamiana na segunda-feira por causa da fuga de informação, acrescentando que nas notícias que têm saído até agora "ninguém está a falar do ataque informático" e que "esse é o único crime que foi cometido".

Os Papéis do Panamá são o resultado da maior investigação jornalística da história, divulgada na noite de domingo, envolvendo o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla inglesa), com sede em Washington.

Na investigação são destacados os nomes de 140 políticos de todo o mundo, entre eles 12 antigos e actuais líderes mundiais.

A investigação resulta de uma fuga de informação e juntou cerca de 11,5 milhões de documentos ligados a quase quatro décadas de actividade da empresa panamiana Mossack Fonseca, especializada na gestão de capitais e de património, com informações sobre mais de 214 mil empresas offshore em mais de 200 países e territórios.

A partir dos Papéis do Panamá (Panama Papers, em inglês) como já são conhecidos, a investigação refere que milhares de empresas foram criadas emoffshores e paraísos fiscais para centenas de pessoas administrarem o seu património, entre eles o rei da Arábia Saudita, elementos próximos do Presidente russo Vladimir Putin, o presidente da UEFA, Michel Platini, e a irmã do rei Juan Carlos e tia do rei Felipe VI de Espanha, Pilar de Borbón.

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.