Deu um dos mais espectaculares golpes de sempre e nunca foi apanhado. Até agora: cientistas dizem que o ladrão que saltou de um avião era engenheiro da Boeing
A história é conhecida e inspirou livros, filmes e, muito provavelmente, assaltantes e piratas do ar: no dia 24 de Novembro de 1971, um quarentão de ar distinto e fato completo dirigiu-se ao balcão da Northwest Orient Airlines, no aeroporto de Portland, no Oregon, e comprou um bilhete só de ida para Seattle, com partida nesse mesmo dia, em nome de Dan Cooper. Pagou em dinheiro; assim que entrou no avião, um Boeing 727, pediu um whisky com gasosa; pouco depois de o aparelho levantar voo chamou uma hospedeira e pediu-lhe que se sentasse ao seu lado. Em vez de lhe arrastar a asa (foi isso mesmo que ela pensou que ele ia fazer, explicou-o mais tarde ao FBI), disse-lhe que tinha uma bomba na pasta. E que ou lhe davam 200 mil dólares (em notas de vinte, não marcadas e com números não sequenciais) ou mandava tudo pelos ares. Quando o avião aterrou naquela que viria a ser a capital do grunge, saíram os 36 passageiros, ficou a tripulação e entrou o dinheiro e os pára-quedas exigidos pelo pirata do ar. Próxima paragem, exigiu ao piloto: Cidade do México, a mais de 4.500 quilómetros de distância. Não chegou a aterrar: entre Seattle e Reno, já durante a noite, pôs um dos tais pára-quedas às costas e saltou do avião, com o dinheiro do resgate, para nunca mais ser visto. Ao longo das últimas décadas, o FBI seguiu centenas de pistas apenas para, em Julho de 2016, 45 anos depois, dar o caso por encerrado. D. B. Cooper, como ficou conhecido o assaltante, nunca foi encontrado. A sua verdadeira identidade também nunca foi descoberta.
Misterioso caso D. B. Cooper resolvido 46 anos depois?
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Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.
Identificar todas as causas do grave acidente ocorrido no Ascensor da Glória, em Lisboa, na passada semana, é umas das melhores homenagens que podem ser feitas às vítimas.
O poder instituído terá ainda os seus devotos, mas o desastre na Calçada da Glória, terá reforçado, entretanto, a subversiva convicção de que, entre nós, lisboetas, demais compatriotas ou estrangeiros não têm nem como, nem em quem se fiar