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Ministro britânico doou centenas de libras para manter cargo, diz imprensa

Registos mostram um aumento de doações por parte de Jeremy Hunt, o equivalente ao círculo eleitoral por que é eleito.

Jeremy Hunt, ministro das Finanças do Reino Unido, doou mais de 100 mil libras (116 mil euros) ao Partido Conservador, pelo qual chegou ao governo britânico, para aumentar as chances de reeleição. A notícia foi avançada este domingo, 3 de março, pelo jornalTheGuardian.

Jeff Overs/BBC/Handout via REUTERS

Registos da Comissão Eleitoral mostram que Jeremy Hunt doou um total de 105.261 libras (cerca de 122 mil euros) ao partido do agora primeiro-ministro Rishi Sunak, e que essas doações foram realizadas ao longo dos últimos cinco anos. As contribuições contrastam assim com os 4.447 mil libras (5.147 euros) que doou entre 2010 e 2019, quando a liderança do partido pertencia aos antigos primeiros-ministros Theresa May (em que foi ministro dos Negócios Estrangeiros por um ano, até 2019) e David Cameron (em que foi ministro da Saúde e Cultura). OTheGuardianconsidera que este súbito aumento de doações esteja relacionado com as previsões de que o ministro possa ser o primeiro, no seu cargo, a perder o equivalente ao seu círculo eleitoral para outro partido (os liberais).

"Não é de admirar que Jeremy Hunt esteja à beira de perder o seu lugar, uma vez que as pessoas em Surrey estão furiosas por não conseguirem consultas, porque os seus hospitais vão desmoronar e as empresas da água ainda podem poluir os rios", disse o vice-líder dos Liberais Democratas, Daisy Cooper.

Uma fonte do Partido Trabalhista disse ainda ao jornal britânico que esta ação diz tudo sobre o Partido Conservador. "Isto diz tudo o que se precisa de saber sobre o estado do Partido Conservador, com o ministro aparentemente a gastar mais tempo a distribuir cheques pessoais, para prolongar a sua carreira política, do que a consertar a economia que o seu governo destruiu."

Jeremy Hunt tem se mostrado empenhado em manter o seu cargo no governo do Reino Unido: "Espero ser ministro após a eleição", disse. No entanto, as sondagens não parecem favorecê-lo.

Os Liberais Democratas seguem na frente com 35% dos votos, enquanto que os Conservadores aparentam ter 29% dos votos. Já o Partido Trabalhista mantém-se nos 22% dos votos

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