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Polícia anti-motim teve de intervir numa manifestação de extrema-direita e uma contra-manifestação antifascista
Uma manifestação de extrema-direita e uma contra-manifestação antifascista no local onde quinta-feira terminou o atentado terrorista de Barcelona obrigou hoje à intervenção da polícia anti-motim.
A polícia anti-motim dispersou e afastou o grupo de cerca de 30 manifestantes de extrema direita, mas alguns acabaram por ficar retidos entre centenas de manifestantes anti-racistas, envolvendo-se em discussões acesas que por vezes descambaram para agressões.
Segundo explica o diário El Periódico, os manifestantes da extrema-direita reagiram ao ataque terrorista de quinta-feira nas Ramblas, Barcelona, convocando um protesto para hoje às 19:00 junto ao local onde a furgoneta que matou 13 pessoas se imobilizou na quinta-feira.
A concentração visava "defender Espanha e a Europa de culturas totalmente alheias à nossa pátria e identidade", segundo um comunicado da organização La Falange, de extrema direita, citada pelo El Periódico.
Perante essa convocatória, grupos antifascistas e associações como a Assembleia de Jovens da Cidade Velha convocaram uma contra-manifestação no mesmo local, para as 18:45, para "combater o terror do Daesh e o ódio fascista".
Os manifestantes de extrema-direita que compareceram, cerca de 30, gritavam "Parem a islamização da Europa", enquanto os restantes cantavam, em catalão, "fora fascistas dos nossos bairros" ou "Barcelona será o túmulo do fascismo".
"Estamos a lutar contra o ódio, não queremos que se aproveitem deste momento tão triste para fazer a sua luta", disse à Lusa Raquel, de 33 anos, uma manifestante antifascista, moradora num dos bairros antigos da cidade catalã.
Mohamed e Nawal, dois jovens químicos nascidos em Barcelona e muçulmanos de religião, compareceram na manifestação antifascista para combater a associação entre terrorismo e Islão.
"Não tem nada a ver, é um grupo de pessoas que comete crimes de guerra, tal como acontece em muitos países muçulmanos. Não tem relação nenhuma com a religião", disse Nawal, envergando um hojab (véu islâmico).
Sobre o futuro da relação entre a comunidade muçulmana e as restantes comunidades de Barcelona após o atentado de quinta-feira, que foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, Nawal contou que nasceu e cresceu em Barcelona e nunca teve qualquer problema.
"A população catalã é culta e solidária, penso que agora não será pior".
Carlos Menezes, um barcelonês que passeava nas Ramblas com a mulher e a filha, de dois anos, à hora da manifestação, lamentou a realização dos protestos pouco mais de 24 horas após o atentado.
"Há liberdade de expressão, mas é preciso respeitar o luto nacional decretado oficialmente. As manifestações políticas podemos deixá-las para a próxima semana".
Manifestação causa tensão junto ao local do atentado
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