Sábado – Pense por si

Jared Kushner, o homem do plano

Margarida Davim
Margarida Davim 08 de fevereiro de 2020 às 15:04

Este conselheiro da Casa Branca gosta de correr riscos. Até agora, tem-se saído bem. Mas desta vez pôs o mundo árabe contra si e o acordo que desenhou não deve sair do papel.

Jared Kushner é judeu. E esse não é um pormenor na sua biografia. Os avós escaparam aos nazis, a família faz parte daquilo a que nos Estados Unidos se chamam "os construtores do Holocausto" – judeus que entraram no negócio da construção quando chegaram à América e aproveitaram as oportunidades do pós-guerra – e o pai chegou a financiar Benjamin Netanyahu.

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Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.