O lusodescendente foi condenado por divulgado segredos militares norte-americanos online.
Jack Teixeira foi condenado esta terça-feira a 15 anos de prisão por um tribunal federal de Boston. O lusodescendente divulgou segredos militares norte-americanos num canal de Discord.
REUTERS
Teixeira já se tinha declarado culpado. A defesa pedia 11 anos, enquanto os procuradores apontavam para 17.
Jack Teixeira, lusodescendente de 22 anos, aceitou declarar-se culpado, num tribunal federal, das seis acusações de "retenção intencional e transmissão de informações classificadas relacionadas com a defesa nacional", ao abrigo da Lei da Espionagem, quase um ano depois de ter sido preso. Desta forma, evitou uma pena de 60 anos de prisão.
A fuga de informação levantou preocupação face à capacidade dos Estados Unidos da América de protegerem os seus segredos de Estado e obrigou a administração Biden a conter as consequências diplomáticas e militares.
As fugas de informação fizeram com que o Pentágono reforçasse os meios para salvaguardar as informações confidenciais e executasse medidas disciplinares aos membros que, intencionalmente, não tomaram as medidas necessárias em relação ao comportamento suspeito de Teixeira.
O lusodescendente admitiu ter recolhido ilegalmente segredos militares e tê-los partilhado com outros utilizadores no Discord, uma plataforma de redes sociais popular entre as pessoas que jogam jogos 'online'.
Teixeira, que fazia parte da 102.ª Ala de Informação da Base da Guarda Nacional Aérea de Otis, em Massachusetts, trabalhava como especialista em sistemas de transporte cibernético. Era um especialista em tecnologia de informação responsável pelas redes de comunicações militares.
A fuga de informação expôs ao mundo avaliações secretas sobre a guerra da Rússia na Ucrânia, as capacidades e os interesses geopolíticos de outras nações e outras questões de segurança nacional.
Teixeira permanece na Guarda Nacional Aérea num estatuto não-remunerado, disse um oficial da Força Aérea.
Está detido desde abril de 2023 e, no ano passado, foi-lhe negado um pedido de libertação.
Teixeira ingressou na Guarda Nacional em setembro de 2019 e estava autorizado a aceder a informações ultrassecretas desde 2021.
O Departamento de Justiça estima que Teixeira começou a guardar e partilhar os dados confidenciais em janeiro de 2022, disseminando as informações de duas formas: por escrito através daquela plataforma, ou com imagens dos documentos em que se podia ler a classificação de sigilo ou ultrassecreto.
As autoridades divulgaram que Teixeira foi detetado em 6 de abril, no dia em que o jornal The New York Times publicou pela primeira vez uma reportagem sobre a fuga de documentos, ao pesquisar a palavra "fuga" num sistema confidencial.
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