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Iémen: ONG denunciam crimes de guerra após ataques a civis

Organizações sublinham que não encontraram provas que sustentatassem a indicação de que o alvo era uma instalação militar, mas que se tratava, sim, de um centro de detenção.

Duas organizações não-governamentais acusaram hoje a Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos crimes de guerra em três ataques a civis no Iémen em janeiro, que resultaram em pelo menos 80 mortos e 156 feridos.

Reuters

A denúncia foi feita pela Mwatana for Human Rights and Human Rights Watch.

As duas ONG sublinham que não encontraram provas que sustentatassem a indicação de que o alvo era uma instalação militar, mas que se tratava, sim, de um centro de detenção.

Por outro lado, as forças rebeldes houthi, que guardavam as instalações, também dispararam contra os detidos que tentavam fugir, disseram testemunhas citadas no comunicado conjunto das duas organizações, matando e ferindo dezenas de pessoas.

Os ataques da coligação surgiram como retaliação a ataques dos houthi contra os Emirados Árabes Unidos a 17 de janeiro, segundo as ONG.

"Após oito anos de conflito que transformou a vida dos civis do Iémen numa zona de catástrofe, a situação só parece piorar", disse o diretor executivo para o Médio Oriente e Norte de África da Human Rights Watch, Lama Fakih.

"Para que as negociações de paz apoiadas pela ONU sejam bem sucedidas, os resultados têm de ser duradouros, o que requer colocar a justiça para as atrocidades do passado no centro de qualquer acordo de paz", defendeu.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.