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Helicóptero dispara sobre Ministério e Tribunal

O helicóptero terá sido furtado da base militar de La Carlota, em Caracas, por um inspector identificado como Óscar Pérez

Um helicóptero atingiu esta terça-feira o Ministério do Interior e o Supremo Tribunal da Venezuela. O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, já descreveu o acontecimento como um "ataque terrorista". 

O governo venezuelano informou que foram dispararados 15 tiros sobre o ministério e ainda quatro granadas dirigas ao Supremo Tribunal. O helicóptero estaria a ser pilotado por um polícia. 

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Momento em que helicóptero pilotado por militares desertores atacam sede do STF da #Venezuela em #Caracas pic.twitter.com/aMc22RlBzY

O ministro da Comunicação e Informação, Ernesto Villegas, explicou que o helicóptero foi furtado da base militar de La Carlota, em Caracas, por um inspector adstrito à divisão de transporte aéreo da polícia científica (CICPC), identificado como Óscar Pérez.

Villegas afirmou ainda que a aeronave sobrevoou a sede do Ministério do Interior, no centro da capital, e "efectuou cerca de 15 disparos contra o edifício", enquanto no terraço decorria uma recepção com aproximadamente 80 pessoas.

O aparelho seguiu depois para o Supremo Tribunal, "onde foram efetuados disparos e lançadas pelo menos quatro granadas, de origem colombiana e fabrico israelita, das quais uma não explodiu e foi recolhida", disse o mesmo responsável.

O ministro sublinhou que as forças armadas e os corpos de segurança do Estado foram destacados para capturar o autor do duplo ataque e recuperar a aeronave, exortando os cidadãos a comunicar qualquer informação que tenham sobre o paradeiro de Pérez ou do helicóptero.

O ministro afirmou que os ataques fazem parte de "uma escalada golpista contra a Constituição e as suas instituições", indicando ainda que Óscar Pérez está a ser investigado pelas "ligações à Agência Central de Inteligência" (CIA, na sigla em inglês) e à embaixada dos Estados Unidos na Venezuela.

Para o Governo, estes são ataques de cariz terrorista, "enquadrados na ofensiva de insurreição conduzida por facções extremistas da direita venezuelana com o apoio de governos e poderes estrangeiros".

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