Ao décimo segundo dia de guerra, as forças russas anunciaram a abertura de corredores para a retirada de civis de cidades ucranianas. Ucrânia rejeita saída de civis para a Rússia e Bielorrússia e diz que Macron está a ser usado e manipulado pelas autoridades russas.
O agregador de informação OSINT revela que um bairro residencial de Sumy, no leste da Ucrânia, foi atingido por bombardeamentos, antecipando a existência de vítimas civis.
Segundo as informações o bombardeamento foi levado a cabo pela força aérea russa.
Pela primeira vez desde que a guerra começou, Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, filmou-se no seu próprio gabinete. Num curto vídeo refere: "Vou permanecer em Kiev. Na rua Bankova [onde fica a Presidência]. Não estou escondido. E não tenho medo de ninguém. Tanto quanto for preciso para vencer esta guerra!"
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou esta segunda-feira um decreto que ordena o regresso à Ucrânia de todas as tropas que integram forças de manutenção de paz internacionais.
De forma a "proteger a soberania e a integridade territorial do Estado", o presidente ordena o regresso a casa dos militares destacados em missões internacionais, refere um documento que foi partilhado por várias agências noticiosas.
O Ministério da Defesa russo, citado pela agência France Press, emitiu um comunicado onde anuncia "um cessar-fogo a partir das 10h00, hora de Moscovo (07h00 GMT) de 8 de março". A comunicação explica ainda que esta trégua se destina a permitir a retirada de civis de Kiev e das cidades de Soumy, Kharkiv, Tcherniguiv e Mariopol.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, voltou a defender que a Ucrânia quer encontros diretos entre os presidentes Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin. Defendendo esta posição por Kiev saber que é Putin quem dá as ordens em Moscovo.
"Há muito que queremos conversações diretas entre o presidente da Ucrânia e Vladimir Putin, porque todos compreendemos que é ele quem toma das decisões finais, especialmente agora", referiu o governante na televisão.
"O nosso presidente não tem medo de nada, incluindo um encontro direto com Putin", acrescentou Kuleba. "Se Putin também não tem medo, que o deixe ir a uma reunião, vamos deixar que os dois se sentem e conversem."
Os países da União Europeia vão analisar as candidaturas de adesão das três ex-repúblicas soviéticas: Ucrânia, Geórgia e Moldávia.
Os pedidos entraram depois da invasão da Rússia à Ucrânia, a 24 de fevereiro.
Este é um primeiro passo para um processo de adesão que pode demorar anos. Por exemplo, antes da invasão falava-se da possibilidade da Ucrânia entregar a candidatura à UE em 2023 para uma entrada em 2030.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou esta segunda-feira a morte de pelo menos 9 pessoas, em 16 ataques que atingiram estruturas de saúde na Ucrânia, desde o início da invasão russa a 24 de fevereiro.
Este balanço foi feito tendo em conta ataques levados a cabo entre 24 de fevereiro e 3 de março, pelo que o número de vítimas pode ainda aumentar. Além dos mortos, há 16 feridos, incluindo sete profissionais de saúde.
No domingo, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus escreveu no Twitter que aconteceram vários ataques e que estes eram uma violação da lei humanitária internacional.
A OMS não esclareceu, no entanto, quem foram os autores dos ataques, uma vez que não têm mandato legal para fazer esste tipo de investigação.
Vladimir Medinsky, um dos negociadores russos disse, no final da terceira ronda de encontros com a Ucrânia, que ainda é cedo para haver avanços positivos nas conversações. Acrescenta ainda que não se deve esperar uma solução final na próxima ronda.
As negociações "não são fáceis. É demasiado cedo para falar de algum avanço positivo", referiu Vladimir Medinsky, citado pela Reuters. "Oxalá que da próxima vez possamos dar um passo maior."
Segundo aagência russa TASSdá conta de que terminou a terceira ronda de negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, citando o embaixador russo em Minsk.
Já a agência Reuters cita um enviado ucraniano que dá conta de "pequenos desenvolvimentos positivos em relação aos corredores humanitários". Porém, o mesmo negociador admite que a terceira ronda não trouxe avanços significativos para mudar a situação atual da Ucrânia.
As negociações duraram cerca de três horas.
Marcelo Rebelo de Sousa convocou o Conselho de Estado para o próximo dia 14 de março, a próxima segunda-feira, pelas 15 horas no Palácio da Cidadela em Cascais.
O tema da reunião será único: a situação na Ucrânia, informa uma nota publicada na Presidência da República.
Em Lviv, a última grande cidade ucraniana antes da Polónia, e que tem escapado à invasão russa, as filas para entrar na estação de comboios estão com 8 horas de espera.
As temperaturas negativas que se fazem sentir agravam drasticamente a catástrofe humanitária. Há voluntários que não dormem há vários dias. O esgotamento físico e psicológico vê-se a olho nu.
A adminstração Biden prepara-se para suspender as importações de produtos derivados do petróleo com origem na Rússia. Esta decisão será tomada mesmo que os aliados europeus mantenham as importações, indicaram à Reuters duas fonte próximas desta decisão norte-americana.
O presidente Joe Biden deve reunir-se por videoconferência com os líderes da França, Alemanha e Reino Unido, esta segunda-feira. O objetivo da administração Biden e conseguir apoios para cortar nas importações de bens russos.
A Casa Branca também está a trabalhar com o Congresso para a aprovação de leis que permitam banir as importações russas.
O preço do petróleo está nos níveis mais elevados desde 2008.
Em 2021, os EUA importaram da Rússia em média 209 mil barris de crude por dia e 500 mil de outros produtos derivados do petróleo, segundo a associação Americana de Petróleo e Produtores de Petroquímicos. Estas quantidades representam 3% do todas as importações de crude dos EUA e 1% de todo o crude processado nas refinarias norte-americanas. Por comparação, os EUA importaram no ano passado 61% do crude do Canadá, 10% do México e 6% da Arábia Saudita.
O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se esta segunda-feira para discutir a situação humanitária na Ucrânia, de onde mais de 1,7 milhões de pessoas terão fugido após a invasão da Rússia.
A organização tem estado envolvida numa intensa atividade diplomática nas últimas semanas, primeiro devido à concentração maciça de tropas russas junto das fronteiras ucranianas e posteriormente devido à invasão russa da Ucrânia, que teve início em 24 de fevereiro.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse este sábado que é "absolutamente essencial" estabelecer uma "pausa nos combates" para permitir a retirada de civis das cidades ucranianas que se encontram sitiadas pelo exército russo e o estabelecimento de corredores humanitários.
A polícia ucraniana anunciou esta segunda-feira que retirou cerca de 2 mil civis da cidade de Irpin, nos arredores da capital Kiev.
Em comunicado, a polícia não refere quando é que evacuação aconteceu, mas a Reuters avança que este domingo ucranianos foram apanhados em fogo cruzado e bombardeamentos, tendo sido forçados a encontrarem abrigo.
Vladimir Putin e Charles Michel tiveram esta segunda-feira uma conversa por telefone em que o presidente russo exigiu à União Europeia que pressione as autoridades ucranianas para "respeitar leis humanitárias", enquanto o presidente do Conselho Europeu terá pedido para a Rússia "cessar imediatamente as hostilidades" na Ucrânia e permitir corredores humanitários seguros, enquanto analisa o pedido ucraniano de adesão à UE.
"Discuti com o Presidente russo [Vladimir Putin] a situação trágica na Ucrânia. A UE [União Europeia] condena com a maior veemência possível a agressão da Rússia contra a Ucrânia", escreveu Charles Michel na sua conta oficial da rede social Twitter, que diz estar também em "estreito contacto com o presidente [ucraniano] Volodymyr Zelensky".
Discussed with President @KremlinRussia_E the unfolding tragic situation in #Ukraine
The EU condemns in the strongest possible terms Russia’s aggression against Ukraine.
Em comunicado, o Kremlin diz ainda que Putin informou Michel das conversações entre representantes ucranianos e russos.
O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, disse hoje que "fez progressos significativos" junto dos seus parceiros internacionais e que conseguiu o fornecimento de armas e munições que serão "uma surpresa para o inimigo".
"Não vou comentar sobre o fornecimento de armas e munições. É um assunto delicado. Que seja uma surpresa para o inimigo", disse o ministro, numa mensagem divulgada hoje nas redes sociais.
"Uma coisa é certa: há progressos significativos", acrescentou Oleksii Reznikov.
Segundo o ministro, nos últimos três dias, foram entregues mais de 50.000 capacetes e partes de coletes à prova de balas, sendo que o exército ucraniano também irá receber uniformes que foram preparados para a NATO.
"Estamos 'a intercetar' aos fornecedores uniformes já produzidos, destinados aos exércitos da NATO. Não importa se os nossos defensores estiverem vestidos de maneira diferente. O que é importante é que tenham o que precisam para derrotar o inimigo", disse o ministro, acrescentando que os soldados ucranianos mostram, "em todas as zonas de defesa, grandes habilidades, e destroem os invasores russos".
Embora o ministro não tenha adiantando de onde virão as armas e munições conseguidas junto dos parceiros, a Hungria avisou hoje que não vai autorizar o transporte pelo seu território de armas e equipamentos letais para a Ucrânia, embora permita o estacionamento e a passagem de forças da NATO.
As decisões foram publicadas num decreto assinado pelo primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista Viktor Orbán, que também autoriza a passagem pelo país de ajuda humanitária e sanitária para a vizinha Ucrânia.
O Governo da Hungria, membro da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte, também conhecida como Aliança Atlântica), já tinha afirmado, em várias ocasiões desde o início da invasão russa à Ucrânia, que não enviaria armas para o país vizinho porque não quer envolver-se na guerra.
Budapeste também não pediu ajuda à Aliança Atlântica para defender as suas fronteiras, como fizeram outros Estados-membros do pacto militar, especialmente os vizinhos da Ucrânia.
O conselheiro presidencial de Zelensky, Mykhailo Podolyak, disse esta segunda-feira, antes de partir para a terceira ronda de negociações com a Rússia, que ataques russos danificaram ou destruíram 202 escolas, 34 hospitais e mais de 1.500 residências.
O Ministério da Energia ucraniano avança ainda que 646 mil pessoas estão atualmente sem luz e 130 sem gás, com os ataques russos a deixarem mais de 900 comunidades em quaisquer fontes de luz, água e gás.
Barbarians of the XXI century. Russia damaged/destroyed 202 schools, 34 hospitals, 1500+ residential buildings. 900+ our settlements are completely deprived of light, water, heat. The Russian army doesn’t know how to fight against other armies. But it’s good at killing civilians pic.twitter.com/VAqaIurWN8
Os líderes da União Europeia vão pronunciar-se sobre o pedido de adesão da Ucrânia nos próximos dias, anunciou esta segunda-feira o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
"A solidariedade, amizade e ajuda sem precedentes da União Europeia à Ucrânia são inabaláveis. Vamos discutir o pedido de adesão ucraniano nos próximos dias", escreveu no Twitter.
Continued close contact with President @ZelenskyyUa
The #EU stands firmly by #Ukraine’s side in efforts to alleviate humanitarian suffering inflicted by Russia’s aggression and ensure nuclear safety.
Para esta quinta-feira está marcada uma cimeira informal em que estarão os líderes dos 27 Estados-membros da UE, onde serão discutidas as sanções a aplicar à Rússia e o pedido de adesão da Ucrânia.
O alto representante da União Europeia, Josep Borrell, avisou esta segunda-feira que, se a guerra na Ucrânia continuar, é esperado que cerca de cinco milhões de pessoas fujam do país.
"Temos de nos preparar para receber cerca de cinco milhões de pessoas. Temos de mobilizar todos os recursos da União Europeia para ajudar esses países a receber pessoas. Precisamos de mais escolas, mais edifícios, mais de tudo", disse o diplomata, citado pelaReuters.
Borrell pediu ainda mais escrutínio em relação às ajudas de Bruxelas a países que apoiaram publicamente a Rússia ou se abstiveram do criticismo à invasão russa da Ucrânia.
As autoridades ucranianas anunciaram esta segunda-feira que o Aeroporto Internacional de Mykolaiv já não está sob controlo russo.
"As estradas estão abertas, controlamos as pontes e podem deixar em segurança a cidade de Mykolaiv e outras cidades", anunciou em vídeo o governador regional, Vitaliy Kim.
??The Ukrainian military have taken the Mykolaiv International Airport under their control, - Head of the Regional State Administration Vitalii Kim. At the same time, several Russian soldiers fled into the forest, they are now being searched for. pic.twitter.com/J59XdTDwr6
O presidente francês disse esta segunda-feira que a situação na Ucrânia piora a cada dia e que a França continuará a pressionar a Rússia através de sanções.
"A situação está a piorar a cada dia. As pessoas morrem, a fadiga instala-se", disse Emmanuel Macron.
Aagência noticiosa russa TASSdá conta de que um autocarro com civis ucranianos atravessou um dos corredores humanitários perto de Mariupol e chegou à fronteira russa, na região de Rostov.
A proposta foi recusada pelas autoridades ucranianas, qiue não considerou aceitável que, das seis rotas definidas por russos para retirar civis ucranianos, quatro tinham como destino final a Bielorrússia e a Rússia.
O corredor humanitário em que este autocarro terá seguido incluia paragens pelas cidades de Novoazovsk, Taganrog e Rostov-on-Don, na Rússia, como destino final, para depois fazer chegar os refugiados por via aérea, ferroviária e rodoviária para destinos selecionados ou centros de alojamento temporário.
Segundo o correspondente da TASS no local, os residentes ucranianos eram provenientes da vila de Vinogradnoye.
Rui Pinto, o pirata informático fundador do Football Leaks, publicou nas redes sociais que um oligarca bielorrusso-russo, Dmitry Mazepin, tem um jato particular registado em Portugal - um CS-DOF Bombardier Challenger 650 -, que está atualmente em Moscovo.
Mazepin, dono da empresa Uralchem e pai do ex-piloto de Fórmula 1 Nikita Mazepin, tem ainda outro jato particular registado na Ilha de Man, um M-INSK (Gulfstream G650).
Russian oligarch Dmitry Mazepin and his family have two private jets at their disposal: the CS-DOF (Bombardier Challenger 650) registered in Portugal and the M-INSK (Gulfstream G650) registered in the Isle of Man. Both are currently in Moscow. pic.twitter.com/6umZ5cFuoH
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia e Ucrânia vão encontrar-se esta quinta-feira à margem de uma cimeira diplomática em Antalya, na Turquia, avançamagências noticiosas russas.
Segundo uma representante do Ministério russo, Maria Zakharova, foi alcançado um acordo através do ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Cavusoglu, que já tinha anunciado um possível encontro entre os governantes russo e ucraniano a 10 de março em formato trilateral.
O governo russo aprovou esta segunda-feira uma lista de países e territórios hostis, na qual Portugal figura como membro da União Europeia.
Os países na lista são:
-Austrália
-Reino Unido
-União Europeia
-Islândia
-Canadá
-Liechtenstein
-Mónaco
-Nova Zelândia
-Noruega
-Coreia do Sul
-San Marino
-Singapura
-EUA
-Taiwan
-Ucrânia
-Montenegro
-Suíça
-Japão
O conselheiro de Volodymyr Zelensky, Mykhailo Podolyak, anunciou esta segunda-feira que a terceira ronda de negociações com a Rússia começa às 16h00 em Kiev (14h em Lisboa), partilhando uma fotografia a caminho de Brest, na Bielorrússia.
Negotiations with the Russian Federation. Third round. Beginning at 16.00 Kyiv time. Delegation unchanged... pic.twitter.com/ycfT9LT0tc
A Cáritas Portugal inicia esta segunda-feira uma campanha de angariação de fundos para apoiar as populações afetadas pela guerra na Ucrânia, angariação de fundos que conta com o apoio da Conferência Episcopal Portuguesa.
A Cáritas Portugal informa que a verba angariada nesta campanha tem como objetivo reforçar a capacidade de resposta da Cáritas na Ucrânia, nos países fronteiriços e o eventual acolhimento a famílias deslocadas em Portugal.
Citada em comunicado, a presidente da Cáritas Portuguesa, Rita Valadas, refere que esta "medida de urgência" surge face ao pedido de ajuda" que chega a Portugal da Cáritas Ucrânia, "que tem intensificado a sua resposta junto da população e cujas necessidades aumentam diariamente".
Em causa está "um apoio de emergência no local em alimentos, medicamentos e abrigo, mas também da urgência de responder à situação dramática de milhares de pessoas deslocadas e que necessitam de ajuda imediata", adianta.
Para sustentar o trabalho da Cáritas ucraniana, a Cáritas Internacional lançou um apelo de emergência, que permitirá ajudar cerca de 13.000 pessoas em diferentes partes da Ucrânia.
O grupo dehackersAnonymous reivindicou a responsabilidade por um ataque cibernético sobre os principais canais de televisão russos, transmitindo imagens não editadas da guerra na Ucrânia.
Numa publicação na rede social Twitter, o grupo disse que os canais afetados foram o Russia 24, o Channel One e o Moscow 24. O ataque teve também entre os alvos as plataformas audiovisuais russas Wink e Ivi – semelhantes à Netflix –, que contam com milhares de assinantes.
The hacking collective #Anonymous hacked into the Russian streaming services Wink and Ivi (like Netflix) and live TV channels Russia 24, Channel One, Moscow 24 to broadcast war footage from Ukraine [today] pic.twitter.com/hzqcXT1xRU
A publicação inclui uma gravação, com 38 segundos, que alegadamente comprova a transmissão de imagens da invasão da Ucrânia por tropas russas, assim como de mensagem sobre o conflito, nos três canais televisivos.
A Rússia faltou esta segunda-feira à audição no mais alto tribunal das Nações Unidas, com a Ucrânia a pedir uma ordem imediata para o fim do conflito.
"O facto dos lugares da Rússia estarem vazios diz muito. Eles não estão neste tribunal: estão no campo de batalha a desencadear uma guerra contra o meu país", disse o enviado ucraniano, Anton Korynevych.
Na audição, a Ucrânia pediu o fim imediato do conflito no seu país e acusa Moscovo de distorcer o conceito legal de genocídio para justificar a invasão.
A delegação russa já chegou à cidade bielorussa de Brest para a terceira ronda de negociações com negociadores ucranianos para um cessar-fogo, avança a agência russa RIA.
Não existe ainda local ou hora definida para o encontro.
Volodymyr Zelensky pediu esta segunda-feira à comunidade internacional que ajude a Ucrânia com material militar e que boicote o petróleo, combustíveis e outras exportações russas.
"Se a invasão continuar e a Rússia não abandonar os seus planos contra a Ucrânia, então serão necessárias novas sanções para manter a paz", indicou em vídeo o presidente ucraniano.
??Zelensky: "If the invasion continues, and Russia is not stopping, a new sanction package is needed."
"A boycott of Russian export, refusal to buy Russian oil & petroleum products. You can call it an embargo or a moral thing to do, when you refuse to give money to terrorists."
??Zelensky: "If the invasion continues, and Russia is not stopping, a new sanction package is needed."
"A boycott of Russian export, refusal to buy Russian oil & petroleum products. You can call it an embargo or a moral thing to do, when you refuse to give money to terrorists."
As forças russas mantêm os ataques com mísseis e artilharia contra várias cidades e regiões da Ucrânia, especialmente em Jarkov (leste), Sumy (noroeste) e Odessa (sul), disseram hoje as autoridades ucranianas.
"Desde o início do 12.º dia (da invasão russa), o inimigo continuou a realizar ataques com artilharia contra cidades da Ucrânia", assinalaram as Forças Armadas ucranianas acrescentando quer "os russos" continuam a usar a rede de aeródromos da Bielorrússia para projetarem os ataques de aviação de combate.
De acordo com o Serviço Estatal de Emergências ucraniano, em Jarkov, cidade atacada na semana passada, registaram-se ataque aéreos contra edifícios residenciais e militares, uma instalação hospitalar do Estado e a torre de transmissão de sinal de televisão.
Devido aos ataques deflagraram incêndios de grandes dimensões que afetaram 21 edifícios na parte central da cidade, 11 dos quais ficaram totalmente destruídos.
O incêndio provocado pelas bombas russas atingiram também uma escola de música, residências de estudantes e um centro médico, na zona central da cidade.
Segundo as Forças Armadas da Ucrânia, numa mensagem divulgada através da plataforma digital Facebook, pelo menos oito pessoas morreram nestes bombardeamentos e cerca de 200 habitantes foram retirados na zona mais atingida.
Em Ojtirka, região de Sumy, "a população é refém da agressão russa", diz o mesmo comunicado militar de Kiev, referindo que há vítimas mortais.
"A população (de Ojtirka) está sem eletricidade", diz ainda o documento.
As Forças Armadas da Ucrânia disseram ainda que uma central elétrica ficou destruída pelos ataques da aviação da Rússia que também bombardeou armazéns de alimentos e de materiais de construção.
Na última noite registaram-se igualmente ataques russos contra a região de Odessa, nas margens do Mar Negro.
Os mísseis russos atingiram Tusla e provocaram sérios danos em infraestruturas essenciais, disse Serhiy Bratchuk, do centro de operações da Administração militar Regional de Odessa, frisando que várias zonas residenciais foram igualmente atacadas.
Na região de Kiev destaca-se a situação em Irpin, onde no domingo oito pessoas morreram na sequência de ataques russos durante uma operação de retirada da população.
De acordo com o autarca local, Oleksandr Markushyn, os cidadãos de Irpin permanecem sem eletricidade, água e aquecimento desde sexta-feira e não há distribuição de alimentos.
A Ucrânia decidiu rejeitar os corredores humanitários criados pela Rússia para a retirada de civis de quatro cidades ucranianas, incluindo Kiev, que consistiam na saída de ucranianos para a Bielorrússia e Rússia.
Segundo a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, a proposta russa "não é uma opção aceitável", numa tranmissão televisiva em que acusa os responsáveis russos de tentarem manipular o presidente francês, Emmanuel Macron, e outros líderes do Ocidente.
A governante ucraniana avançou que a Ucrânia tentou negociar com a Rússia para permitir um cessar-fogo e uma abertura de um corredor humanitário em direção ao Ocidente e à cidade de Lviv.
"Espero que o presidente francês, Emmanuel Macron, perceba que o seu nome e o seu desejo de ajudar, na realidade, estejam a ser usados e manipulados pela Federação Russa", disse.
A Ucrânia acusa ainda as forças russas de bombardear áreas que estão planeadas para serem corredores humanos na fuga da civis em cidades sob ataque.
Desde o início da invasão à Ucrânia e até à madrugada desta segunda-feira, a Rússia já disparou 600 mísseis, mobilizando95% das suas tropas para o país, avançou àCNNum alto responsável da defesa dos Estados Unidos.
A mesma fonte assegurou, este domingo, que as forças russas continuam a montar o cerco à capital, Kiev, e às cidades de Kharkiv, Chernigov e Mariupol, citada pela cadeia de televisão norte-americana.
A China disse esta segunda-feira que "já fez alguns esforços" para mediar o conflito entre Rússia e Ucrânia e que também se mobilizará para oferecer assistência humanitária, insistindo que a situação "não deve ser politizada", indicou o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, em conferência de imprensa.
"A paz e o diálogo devem ser promovidos e a China já fez alguns esforços nesse sentido", disse, à margem da sessão anual da Assembleia Nacional Popular, o órgão legislativo máximo da China.
"Houve duas rondas de negociações e esperamos que haja uma terceira. Quanto mais divergências há, maior a necessidade de se sentarem para negociar", acrescentou.
O presidente russo foi acusado de não ter estado realmente num encontro com funcionários e alunos de uma escola de aviação em Moscovo e foi divulgado um vídeo que mostrava a mão de Putin a atravessar um microfone. Tudo deveu-se, afinal, a um erro técnico que diminui a qualidade das imagens.
Mas isso não impediu Zelensky de gozar com o momento. Na sua mensagem de domingo, o presidente ucraniano afastou o microfone com a mão enquanto dizia "Slava Ukraini", numa menção ao episódio de Putin.
Drop the mic, Ukrainian style.
— Hromadske Int. (@Hromadske) March 6, 2022
There’s a video of Putin's hand passing through a microphone. It’s a possible sign that tapes of him and other people are being recorded separately using Chroma keying technology.
President Zelensky laughed at this without saying a word pic.twitter.com/iYe8a2JDNy
Os primeiros dias de invasão da Rússia à Ucrânia foram marcados pelo disparo no número de compras de bitcoin em moedas nacionais russa e ucraniana - e Portugal não escapou a este movimento.
A compra de bitcoin em hryvnia aumentou 258% só no dia de arranque da invasão da Rússia à Ucrânia, a 24 de fevereiro, segundo oJornal de Negócios. Por sua vez, neste mesmo dia, a compra de "criptoqueen" em rublos disparou 260%. O número de operações de troca de bitcoin pelas moedas nacionais russa e ucraniana começou a aumentar de forma expressiva no dia 20 de fevereiro, altura em que as tensões geopolíticas entre Ucrânia e Rússia começaram a intensificar-se.
- A partir de Kiev, passando pelas cidades de Gostomel, Rakovka, Sosnovka, Ivankov, Oranoe e Chernobyl, até chegar a Gden, na Bielorrússia e Gomel como última paragem, para depois serem deslocados de avião até à Rússia.
-A partir de Mariupol, passando pelas cidades de Novoazovsk, Taganrog, Rostov-on-Don, com o transporte por ar e terra até outros destinos.
-Também a partir de Mariupol, passando por Portovskoye, Mangush, Nikolskoye, Respublika, Rozovka, Bilmak, Pologi, Orekhov até Zaporíjia, semelhante à rota para a qual o cessar-fogo fracassou durante o fim de semana;
-De Kharkov, o corredor humanitário passará pelas cidades de Nekhoteevka e Belgorod, já na Rússia, para depois fazer chegar os refugiados por via aérea, ferroviária e rodoviária para destinos selecionados ou centros de alojamento temporário;
-A partir de Sumy, por Sudzha até chegar a Belgorod, na Rússia;
-Também por Sumy, passando por Golubovka, Romny, Lokhvitsa, Lubny até Poltava.
As forças russas acrescentam ainda que o controlo da retirada de civis será feito com a ajuda de drones, avisando que "quaisquer tentativas do lado ucraniano enganar a Rússia ao perturbar esta operação humanitária, culpando a própria Rússia, será inútil e sem sentido".
Os serviços de inteligência norte-americanos deram ao presidente ucraniano, Volodymy Zelensky, equipamento de comunicação para que possa ligar a Joe Biden através de uma linha direta segura, escreve oNew York Times.
Foi através desta linha encriptada que os dois chefes de Estado falaram durante cerca de 35 minutos no sábado.
O jornal escreve ainda que os norte-americanos estão a fornecer às forças ucranianas informação retirada através de imagens de satélite ou pela interceção das comunicações das unidades militares russas.
Bom dia.
A Rússia anunciou a abertura de corredores humanitários em quatro cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev, para permitir a retirada de civis ucranianos em Kiev, Kharkiv, Sumi e Mariupol.
A abertura destes corredores está agendada para as 10h00 em Moscovo (7h00 em Lisboa).
A notícia foi avançada por agências noticiosas russas, que indicam que a Cruz Vermelha e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa e a ONU já foram informadas.
A decisão foi tomada "perante a situação humanitária catastrófica e o seu forte agravamento nas cidades de Kiev, Kharkiv, Sumi e Mariupol", justificaram as Forças Armadas russas.
O que vier a acontecer na Faixa de Gaza moldará o futuro da Democracia, do Estado de Direito e dos direitos humanos no Mundo.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
A venda do Novo Banco culmina num prémio milionário à rapina que empobrece Portugal.
Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres
