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Negociações entre Ucrânia e Rússia serão retomadas quarta-feira

Pelo menos duas pessoas morreram hoje num ataque russo contra um edifício residencial de 15 andares, no oeste de Kiev. Rússia acusada de fazer 400 reféns em hospital de Mariupol

REUTERS/Thomas Peter
Ao Minuto Atualizado 15 mar 2022
15 mar 2022 15 de março de 2022 às 23:09
Lusa

Cerca de 29 mil pessoas retiradas de várias cidades cercadas na Ucrânia

Cerca de 20.000 pessoas conseguiram sair hoje da cidade ucraniana de Mariupol, cercada pelas forças russas, através de um corredor humanitário, anunciou o vice-chefe do gabinete do Presidente da Ucrânia.

"Hoje, cerca de 20.000 pessoas deixaram Mariupol de carro num corredor humanitário. Dos 4.000 carros que saíram da cidade, 570 já chegaram a Zaporizhzhia", perto de 230 quilómetros a noroeste, disse Kyrylo Tymoshenko, citado em comunicado.

No total, cerca de 29.000 pessoas foram retiradas de várias cidades cercadas em todo o país apenas hoje, segundo a mesma fonte.

No início da tarde, o município de Mariupol havia informado que 2.000 viaturas tinham deixado a cidade e que outras 2.000 aguardavam para fazer o mesmo.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 21:24

OSCE vai averiguar existência de crimes de guerra e contra a humanidade

Portugal e outros 44 países invocaram o Mecanismo de Moscovo, de forma a estabelecer uma missão independente de averiguação do impacto humanitário da invasão russa da Ucrânia e de possíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade no seu decurso cometidos.

Leia mais aqui.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 21:14

Zelensky já está reunido com Polónia, Eslovénia e República Checa

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já está reunido com os chefes de Governo da Eslovénia, Janez Janša, da Polónia, Mateusz Morawiecki e da República Checa, Petr Fiala.

"A visita a Kiev neste momento difícil para a Ucrânia é um poderoso exemplo de apoio", escreve Zelensky.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 20:35
Lusa

NATO: "China deveria condenar firmemente invasão"

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, defendeu hoje que a China "deveria juntar-se ao resto do mundo, condenando firmemente a brutal invasão da Ucrânia por parte da Rússia".

"Qualquer apoio à Rússia - apoio militar, qualquer outro tipo de apoio - ajudará a Rússia a levar a cabo uma guerra brutal contra uma nação independente e soberana, a Ucrânia, e ajudá-la-á a continuar a travar uma guerra que está a causar morte, sofrimento e uma enorme quantidade de destruição", frisou, numa conferência de imprensa realizada antes da reunião de ministros da Defesa da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) agendada para quarta-feira em Bruxelas.

Principal aliada internacional da Rússia, a China manteve desde o início da guerra na Ucrânia uma posição ambígua e tem, segundo Stoltenberg, "uma obrigação, como membro do Conselho de Segurança da ONU, de apoiar e defender o Direito Internacional".

"E a invasão russa da Ucrânia é uma flagrante violação do Direito Internacional", observou, pedindo, por isso, a Pequim para condenar "com clareza" a invasão e para não apoiar a Rússia.

"Estamos a monitorizar de perto qualquer sinal de apoio por parte da China à Rússia", indicou.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 20:30

Portugal já concedeu mais de 10 mil pedidos de proteção temporária

Portugal já concedeu mais de 10.000 pedidos de proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra, segundo um balanço hoje atualizado à Lusa por fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

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15 mar 2022 15 de março de 2022 às 20:22

Negociações entre Rússia e Ucrânia continuam amanhã

As delegações ucraniana e russa continuarão as negociações amanhã, avançou um dos negociadores ucranianos. O conselheiro de Volodymyr Zelensky, Mykhailo Podolyak, afirma que as conversações têm sido "muito difíceis" e que há "contradições fundamentais".

"Continuamos amanhã. Um processo de negociação maçador e muito difícil. Há contradições fundamentais, mas certamente espaço para um compromisso. Durante o intervalo vão continuar os trabalhos entre subgrupos", escreveu o oficial ucraniano.

We'll continue tomorrow. A very difficult and viscous negotiation process. There are fundamental contradictions. But there is certainly room for compromise. During the break, work in subgroups will be continued...

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 19:40

EUA aplicam sanções a 11 altos funcionários de Defesa russos

O Departamento de Estado norte-americano anunciou hoje sanções contra 11 altos funcionários da Defesa da Rússia, do Governo e do Exército, em retaliação pela invasão da Ucrânia.

"O Departamento de Estado continua a impor custos severos aos líderes militares russos", diz o comunicado do Governo norte-americano, que, na prática, determina que todas as propriedades dos visados em território dos EUA sejam bloqueadas e que sejam proibidos de fazer transações comerciais com cidadãos norte-americanos.

Os sancionados são os vice-secretários do Ministério da Defesa russo Aleksey Krivoruchko, Timur Ivanov, Yunus-Bek Evkurov, Yuriy Sadovenko, Nikolay Pankov, Ruslan Tsalikov e Gennady Zhidko; os generais do exército Dmitry Bulgakov e Viktor Zolotov; o diretor do Serviço Federal Russo de Cooperação Técnica Militar, Dmitry Shugaev; e o diretor geral da agência Rosoboronexport, Alexander Mikheev.

"O ataque premeditado, não provocado e injustificado da Rússia à Ucrânia deixou o mundo perplexo. A nova invasão da Ucrânia pela Rússia resultou em sofrimento humano generalizado e baixas, incluindo a morte de civis inocentes, entre eles crianças", indicou o Departamento de Estado, justificando as novas sanções.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 19:35

Primeiro-ministros da Polónia, República Checa e Eslováquia em Kiev

Os primeiro-ministros da República Checa, Polónia e Eslovénia já chegaram a Kiev, Ucrânia, onde vão demonstrar o apoio ao país. São os primeiros líderes estrangeiros a visitar a capital desde o início da invasão russa. O polaco Mateusz Morawiecki, o checo Petr Fiala e o eslovaco Janez Jansa vaõ encontrar-se com responsáveis políticos ucranianos. 

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 17:57

Produtora de TV também morreu no mesmo ataque que vitimou jornalista da Fox News


A produtora de TV  ucraniana Aleksandra Kurshynova também morreu no mesmo ataque que vitimou o operador de câmara da Fox News Pierre Zakrzewski. A notícia foi avançada pelo jornal Kyiv Independent.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 17:16

Líderes da NATO vão reunir a 24 de março

Os líderes da NATO vão encontrar-se em Bruxelas a 24 de março para discutir a invasão russa à Ucrânia. 

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 17:12

Biden presente em cimeira em Bruxelas

Joe Biden vai marcar presença numa cimeira da União Europeia em Bruxelas na próxima semana.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 17:05

Quase 100 crianças morreram na guerra, revela Zelensky

Num discurso perante o parlamento canadiano, Volodymyr Zelensky revelou terem morrido 97 crianças desde o início da invasão russa. "Eles estão a destruir tudo: locais de homenagem, escolas, hospitais, complexos habitacionais. Já mataram 97 crianças ucranianas. Não pedimos muito. Pedimos justiça, apoio real."

Reuters
15 mar 2022 15 de março de 2022 às 16:59

Rússia acusada de fazer 400 reféns em Mariupol


O vice-presidente da câmara de Mariupol, Sergei Orlov, revelou que as forças russas entraram num hospital nos arredores da cidade e sequestraram os pacientes e equipa médica. "Recebemos a informação de que o exército russo capturou o nosso maior hospital... e estão a usar os nossos pacientes e médicos como reféns." Cerca de 400 pessoas encontram-se no hospital: algumas terão sido levadas de casas perto das instalações. 

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 16:32

Jornalista que mostrou cartaz durante telejornal na Rússia foi multada

A editora de um canal televisivo russo que mostrou um cartaz contra a guerra durante a emissão do telejornal mais visto na Rússia recebeu uma multa de €256, de acordo com a agência noticiosa Reuters. Marina Ovsyannikova pediu o fim da guerra e que os espectadores não acreditassem na propaganda russa. 

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 16:08

Zelensky confirma cinco mortes em bombardeamentos em Kiev

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou a morte de cinco pessoas nos bombardeamentos em áreas residenciais de Kiev durante esta manhã.

"Destruíram quatro edifícios residenciais, estamos a falar de cinco mortes em Kiev", disse Zelensky, que adiantou que os corredores humanitários estão parcialmente abertos esta terça-feira.

"Cada tiro contra a Ucrânia é um passo que a Rússia dá para se destruir, para se isolar. Todos querem sair da Rússia agora, todos os que conseguem pensar: programadores, empresários, artistas", afirmou o presidente ucraniano, acrescentando que Moscovo nunca sentiu "um golpe tão duro para o capital humano".

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 15:59

Quem era o operador de câmara da Fox News que morreu na Ucrânia?

A morte de Pierre Zakrzewski foi confirmada pela CEO da Fox News. O operador de câmara encontrava-se com Benjamin Hall, jornalista que foi hospitalizado na sequência do mesmo ataque nos arredores de Kiev.

Saiba mais aqui.  

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 15:28

Operador de câmara da Fox News morreu na Ucrânia

Um operador de câmara da Fox News morreu na guerra na Ucrânia. A notícia foi avançada pela agência Reuters, que cita um pivô do canal. 

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 14:43

Comissão Nacional diz que é difícil saber quantas crianças já chegaram a Portugal

A Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ) assumiu hoje que é difícil saber quantos menores ucranianos chegaram a Portugal devido à guerra, indicando que vêm "de forma muito informal".

"É difícil prever, porque elas [as crianças] estão a chegar de várias formas, estão a chegar de forma muito informal, as que vêm de avião há uma forma de contagem, mas depois estão a chegar todos os dias, das mais diversas formas e, por isso, temos esta preocupação de garantir que a informação fica toda centralizada no ‘Portugal for Ukraine’ [www.portugalforukraine.gov.pt], para podermos trabalhar articuladamente para proteger as crianças, mas não há números ainda", afirmou a presidente da CNPDPCJ, Rosário Farmhouse.

Entre os 7.225 pedidos de proteção temporária concedidos por Portugal, desde 24 de fevereiro até segunda-feira, "cerca de um terço são crianças", indicou a representante da Comissão Nacional, acrescentando que a previsão é que "possam vir a ser muitas mais", porque o que se vê são mães com mais do que uma criança a deslocarem-se.

"Se agora temos um número maior de adultos, o que estamos a prever é que isso possa vir a inverter-se um bocadinho e que tenhamos um número maior de crianças", considerou.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 14:42

Amnistia Internacional está averiguar tráfico de seres humanos entre refugiados

A Amnistia Internacional (AI), que está a averiguar relatos de tráfico de seres humanos entre refugiados ucranianos, apelou hoje aos voluntários que vão buscar pessoas que fugiram da guerra para que o façam sempre com as organizações que estão no terreno.

Em declarações à agência Lusa, Pedro Neto, diretor-executivo da Amnistia Internacional (AI) Portugal, afirmou que há relatos de vários casos de tráfico de seres humanos entre refugiados ucranianos, estando a AI a verificar e averiguar no terreno esta situação.

Pedro Neto sublinhou que estas pessoas que estão a sair da Ucrânia para fugir da guerra são "um ponto muito preocupante e podem potenciar o tráfico de seres humanos" devido às condições "de grande vulnerabilidade, de estarem à mercê da necessidade de ajuda e condições económicas instáveis".

Nesse sentido, a Amnistia Internacional alerta os refugiados para "terem cuidado" e apenas pediram apoio junto das agências ou Organizações não Governamentais credíveis que estejam no terreno.

"Não devem ir com ninguém para sítios isolados, muito menos entrar em carrinhas ou em outros transportes públicos em grupos pequenos e que não estejam perfeitamente por dentro e a par de quem são aquelas pessoas e de que ajuda está a ser dada", disse o diretor-executivo da AI Portugal.

A Amnistia Internacional apela também aos voluntários que estão a deslocar-se até aos países que fazem fronteira com a Ucrânia para ir buscar refugiados para o fazerem sempre em conjunto com as organizações que estão no terreno.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 14:41

Governantes da Polónia, República Checa e Eslovénia já estão a caminho de Kiev

Os primeiros-ministros da Polónia, Mateusz Morawiecki, da República Checa, Pietr Fiala, e da Eslovénia, Janez Jansa, já se encontram na Ucrânia, a caminho de Kiev, para se encontrarem com o Presidente ucraniano, anunciaram fontes polacas.

Os três dirigentes, que partiram hoje de manhã de comboio, já se encontram em território ucraniano, informou o porta-voz do Governo polaco, Piotr Müller.

Na capital ucraniana, os três responsáveis vão reunir-se com Volodymyr Zelensky e com o seu primeiro-ministro, Denys Shmyhal.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 14:39

Portugal concedeu mais de 9.200 pedidos de proteção temporária

Portugal concedeu até hoje mais de 9.200 pedidos de proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra, revelou à Lusa o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Segundo a última atualização, o SEF aceitou desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, 9.225 pedidos de proteção temporária.

Até ao final do dia de segunda-feira tinham sido registados 8.250 pedidos.

O Governo português concede proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra.

O SEF tem uma plataforma ‘online’, em três línguas diferentes, para pedidos de proteção temporária por residentes ucranianos.

A plataforma ‘SEFforUkraine.sef.pt’ "possibilita a todos os cidadãos ucranianos e seus familiares (agregado familiar), bem como a qualquer cidadão estrangeiro a residir na Ucrânia, fazer ‘online’ um pedido de proteção temporária de um ano, prorrogável por dois períodos de seis meses", segundo o SEF.

No decorrer do processo para proteção temporária em Portugal, os cidadãos que dela requeiram têm acesso aos números fiscal, de Segurança Social e do Serviço Nacional de Saúde, pelo que podem beneficiar assim destes serviços e ingressar no mercado de trabalho.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 14:38

EUA disseram à China que este não é momento para "fingir neutralidade"

Os Estados Unidos informaram a China de que, perante a invasão russa da Ucrânia, este não é o momento para qualquer país "fingir que é neutro", disse hoje Julianne Smith, representante permanente dos EUA junto da NATO.

Durante uma videoconferência de imprensa, em que a agência Lusa participou, Smith referiu-se à reunião entre Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, e Yang Jiechi, o mais alto funcionário do Partido Comunista Chinês para questões diplomáticas, que decorreu em Roma, na segunda-feira, como um encontro "muito intenso", em que Washington quis enviar "uma mensagem clara" a Pequim.

"Na reunião, Sullivan teve a oportunidade de dizer que este não é o momento para um país se colocar de lado, de fingir que é neutro. Deixámos uma mensagem muito clara à China nesse sentido", explicou Julianne Smith, sobre o teor do encontro diplomático em Roma.

A representante norte-americana junto da NATO – que falava numa videoconferência que antecede uma reunião de ministro de Defesa da Aliança Atlântica, que decorrerá na quarta-feira – insistiu em que todos os países devem deixar clara a sua posição sobre o conflito militar na Ucrânia.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 14:38

ONU confirmou morte de 691 civis e 1.143 feridos

A guerra na Ucrânia provocou pelo menos 691 mortos e 1.143 feridos entre a população civil, incluindo mais de uma centena de crianças, até ao final do dia de segunda-feira, anunciou hoje a ONU.

No seu relatório diário sobre baixas civis, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabiliza 48 crianças mortas e 62 feridas.

Os dados referem-se ao período entre 24 de fevereiro, quando a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, e as 24:00 de segunda-feira (hora local), correspondendo a 19 dias de combates.

A agência da ONU para os direitos humanos acredita que os números reais de baixas civis, incluindo crianças, "são consideravelmente mais elevados, especialmente em território controlado pelo Governo" ucraniano, mais sujeito à ofensiva russa.

"A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas com uma vasta área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de mísseis, e ataques aéreos e de mísseis", lê-se no relatório.

O ACNUDH adiantou que "a receção de informações de alguns locais onde têm ocorrido hostilidades intensas tem sido adiada e muitos relatórios ainda estão pendentes de corroboração".

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 14:38

uerra abranda crescimento económico da UE mas não o para totalmente

A guerra na Ucrânia causada pela invasão russa vai abrandar o crescimento económico da União Europeia (UE) em 2022, mas sem o "parar completamente", garantiu hoje a Comissão Europeia, antecipando revisão em baixa da previsão de subida.

"A nossa previsão económica de inverno era de 4% de crescimento [do Produto Interno Bruto – PIB] da UE para este ano e as nossas atuais projeções são de que o crescimento económico na UE irá abrandar, mas não irá parar completamente", declarou o vice-presidente da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis.

Falando em conferência de imprensa em Bruxelas após uma reunião dos ministros das Finanças da UE (Ecofin), o responsável pela pasta de "Uma economia ao serviço das pessoas" no executivo comunitário destacou que "existe uma incerteza muito elevada atualmente no contexto da guerra da Rússia com a Ucrânia".

A contribuir para esta incerteza estão "as sanções que a UE está a aplicar contra a Rússia e as contramedidas russas, a rutura mais ampla das cadeias de abastecimento que esta guerra está a criar, tanto nas nossas relações económicas com a Rússia como com a Ucrânia, os efeitos nos preços das mercadorias e os efeitos nos preços dos alimentos", elencou Valdis Dombrovskis.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 12:19

China diz que a sua posição sobre o conflito é “imparcial”

A China disse hoje que a sua posição sobre o conflito na Ucrânia é "completamente objetiva, imparcial e construtiva" e acusou os Estados Unidos de espalharem "desinformação" sobre a possibilidade de Pequim prestar apoio militar a Moscovo.

Pequim recusou-se a criticar a Rússia pela invasão da Ucrânia, ou mesmo referir-se ao conflito como uma "guerra".

Os comentários do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Zhao Lijian foram feitos depois de delegações de alto nível dos Estados Unidos e da China se terem reunido, em Roma, para abordar a posição da China, entre outras questões.

O embaixador da União Europeia em Pequim, Nicolas Chapuis, pediu hoje também que a China apoie a Ucrânia. "Não pode haver a chamada neutralidade", disse.

Em conferência de imprensa, Zhao disse que os "EUA criaram e espalharam desinformação", acrescentando: "Isso não revela apenas falta de ética, mas é também imoral e irresponsável".

"O que os EUA deviam fazer é refletir profundamente sobre o papel que desempenharam no desenvolvimento e evolução da crise na Ucrânia, e fazer algo prático para aliviar a tensão", apontou.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 12:05

Já foram retomadas as negociações entre Rússia e Ucrânia

As negociações entre a Ucrânia e a Rússia já voltaram a ser retomadas, depois de uma pausa efetuada esta segunda-feira. De acordo com a agência estatal russa TASS.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 11:30

Cruz Vermelha diz que habitantes de Mariupol estão a "sufocar"

O Comité Internacional da Cruz Vermelha alerta que a situação na cidade de Mariupol é muito grave e que as "pessoas enfrentam escolhas impossíveis, como alimentar as suas famílias e a si próprios enquanto estão presas".

As pessoas estão "a sufocar na própria cidade, sem acesso a ajuda", descreve a Cruz Vermelha.  

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 11:18

Número de refugiados atinge os três milhões

O número de pessoas que fugiram da Ucrânia devido à invasão russa atingiu os três milhões, incluindo mais de 1,4 milhões de crianças, anunciou hoje um porta-voz da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

"Chegámos à marca dos três milhões em termos de movimentos populacionais para fora da Ucrânia", disse Paul Dillon, durante uma conferência de imprensa em Genebra, ao 20.º dia de guerra, citado pela agência francesa AFP.

Do número total de refugiados, mais de 1,4 milhões são crianças, segundo os números da UNICEF, e 157.000 são nacionais de outros países que fugiram da Ucrânia, disse a OIM.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 10:07

Jornalista russa que se manifestou contra a guerra está em casa

Marina Ovsyannikova mostrou um cartaz durante o noticiário do Canal 1 na Rússia pedindo o fim da guerra e foi detida. Antes, divulgou um vídeo nas redes sociais em que disse estar "envergonhada" de ser funcionária do canal e "promover a propaganda do Kremlin".

A jornalista foi detida e está atualmente em prisão domiciliária, revelou no Twitter. "Não sei o que vai acontecer comingo nos próximos tempos. Os meus advogados dizem-me que posso enfrentar entre 5 e 10 anos" de prisão, escreveu nas redes sociais. "Mas não me arrependo. Quaisquer que sejam as consequências, vou usá-las como uma medalha", sublinha. Entretanto estes posts foram apagados da conta.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 09:50

Kiev impõe recolher obrigatório até quinta-feira

O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, anunciou esta terça-feira a imposição de um recolher obrigatório de 35 horas na cidade, que vai começar esta noite e vai durar quinta-feira de manhã.

Kiev tem sido alvo de bombardeamentos nas últimas horas que causaram a morte de duas pessoas.

Esta terça-feira, Chefes de governo da Polónia, República Checa e Eslovénia viajam para a capital ucraniana.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 09:10

UE lança quarto pacote de sanções

O Conselho da União Europeia (UE) adotou hoje, formalmente, o quarto pacote de sanções económicas e individuais à Rússia devido à invasão da Ucrânia, que inclui medidas restritivas ao oligarca multimilionário Roman Abramovich, com passaporte português.

"Na sequência da reunião informal dos chefes de Estado e de Governo da UE da passada quinta e sexta-feira, o Conselho decidiu hoje impor um quarto pacote de sanções económicas e individuais relativamente à agressão militar russa contra a Ucrânia", informa a estrutura em comunicado de imprensa.

Em concreto, este quarto pacote inclui sanções a "importantes oligarcas, lobistas e propagandistas empurrando a narrativa do Kremlin [regime russo] sobre a situação na Ucrânia, bem como empresas estratégicas nos setores da aviação, militar e de dupla utilização, construção naval e construção de máquinas".

Abrange, também, proibições a transações com certas empresas estatais russas, a prestação de serviços de notação de crédito a qualquer pessoa ou entidade russa e a novos investimentos no setor energético russo.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 08:06

China deve “distanciar-se” da Rússia o “mais rápido possível”, aconselha analista

A China deve "distanciar-se" da Rússia o "mais rápido possível", defendeu um analista chinês, que presta aconselhamento ao Governo central, apontando o conflito na Ucrânia como o evento geopolítico mais significativo desde a Segunda Guerra Mundial.

"A China só pode salvaguardar os seus próprios interesses ao escolher o menor de dois males, afastando-se da Rússia o mais rápido possível", apontou Hu Wei, num documento publicado esta semana, em chinês, e a que a agência Lusa teve acesso.

Pequim "deve evitar jogar com os dois lados, abdicar da neutralidade e escolher a posição dominante no mundo", acrescentou Hu, que é vice-presidente do Centro de Pesquisa de Políticas Públicas do Gabinete do Conselho de Estado.

A China tem mantido uma posição ambígua em relação da Ucrânia. Por um lado, defendeu que a soberania e a integridade territorial de todas as nações devem ser respeitadas - um princípio de longa data da política externa chinesa e que pressupõe uma postura contra qualquer invasão -, mas ao mesmo tempo opôs-se às sanções impostas contra a Rússia e apontou a expansão da NATO para o leste da Europa como a raiz do problema.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 08:05

Zelensky diz que Rússia já perdeu mais do que nas guerras do Cáucaso

O presidente da Ucrânia Volodymir Zelensky disse hoje que o Exército russo "já perdeu mais na Ucrânia" do que nas duas guerras "sangrentas" na Chechénia, no Cáucaso.

Numa gravação vídeo difundida hoje pela rede social Twitter, o chefe de Estado ucraniano afirma que as forças ucranianas estão a "infligir perdas devastadoras" ao Exército russo desde que Vladimir Putin ordenou a invasão do país no passado dia 24 de fevereiro.

"Em breve, o número de helicópteros russos derrubados vai chegar às centenas. Já perderam 80 aviões de combate, centenas de tanques e equipamentos, aos milhares", acrescenta Zelensky.

Na mesma mensagem, o presidente da Ucrânia elogiou o trabalho da delegação de Kiev nas conversações com a Rússia, confirmando que a quinta ronda vai realizar-se hoje.

Por outro lado, segundo a agência Interfax-Ucrânia, Zelensky propôs estender o período de vigência da lei marcial no país por mais 30 dias.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 08:05

Primeiros-ministros polaco, checo e esloveno hoje em Kiev

Os primeiros-ministros polaco, checo e esloveno viajam hoje para Kiev como representantes do Conselho Europeu para se encontrarem com o Presidente ucraniano, anunciou o governo da polónia em comunicado.

Os primeiros-ministros da Polónia, Mateusz Morawiecki, da República Checa, Petr Fiala, e da Eslovénia, Janez Jansa, "vão hoje a Kiev como representantes do Conselho Europeu, para se encontrarem com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro, Denys Chmygal", segundo o texto oficial.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 08:01

Guerra na Ucrânia pode acabar em maio

A guerra na Ucrânia poderá terminar no início de maio, diz o chefe de gabinete do presidente Zelensky, Oleksiy Arestovich, citado pela agência Reuters.

Arestovich defende que nos primeiros dias de maio o exército russo terá esgotado os recursos que esão ao seu dispor para a guerra. 

Num vídeo publicado por vários jornais ucranianos, Arestovich refletiu sobre os recursos que a Rússia irá querer dispender no esforço de guerra e, nessa perspetiva, atirou: "Penso que, no máximo, em maio, no início de maio, deveremos ter um acordo de paz – talvez até possa ser mais cedo, veremos… Estou a falar das datas possíveis mais longas".

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 07:38

Número de mortos do ataque à torre de TV de Rivne sobe para 19

De acordo com Vitaliy Koval, governador de Rivne, o número de mortes do ataque à torre de TV, na segunda-feira, aumentou para 19.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 07:22

Coreia do Sul envia equipamento militar não letal e material médico

A Coreia do Sul vai enviar equipamento militar não letal, como capacetes e cobertores à prova de bala, e material médico para a Ucrânia, anunciou hoje o Governo.

O carregamento, avaliado em cerca de mil milhões de won (733 mil euros), consiste em conjuntos de primeiros socorros, rações alimentares militares prontas a comer e tendas, disso o porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano, Boo Seung-chan, em conferência de imprensa.

Os pormenores da remessa "ainda estão em discussão", acrescentou Boo, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Na semana passada, o mesmo porta-voz tinha afirmado que o Ministério da Defesa acredita existirem "limites para o fornecimento de armas letais" à Ucrânia, numa aparente rejeição do pedido de fornecimento de armas feito por Kiev à comunidade internacional.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, solicitou ajuda humanitária e militar, incluindo armas, para tentar repelir a invasão do exército russo, iniciada há quase três semanas.

Os meios de comunicação sul-coreanos noticiaram que Kiev terá pedido a Seul mísseis antitanque, espingardas, coletes à prova de bala e o fornecimento de informações militares obtidas por satélite.

O Governo sul-coreano, que se juntou à UE e ao G7 [Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido] na imposição de sanções económicas à Rússia, comprometeu-se até agora a enviar cerca de nove milhões de euros em ajuda humanitária para a Ucrânia.

No mês passado, o embaixador ucraniano em Seul, Dmytro Ponomarenko, também pediu ajuda a Seul para reforçar a cibersegurança no seu país.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 07:21

Japão anuncia novas sanções contra a Rússia

O Japão anunciou hoje que vai impor sanções adicionais à Rússia, com o bloqueio dos bens de mais 17 cidadãos russos, sobretudo deputados, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros nipónico.

"É necessário impor sanções mais fortes para que a invasão termine o mais rapidamente possível", disse o porta-voz do governo Hirokazu Matsuno, em conferência de imprensa, no final de uma reunião do executivo.

"Continuaremos a cooperar com a comunidade internacional", disse, sobre as medidas, que estão a ser tomadas "em coordenação com os países do G7 [Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido]".

Os 17 cidadãos russos sancionados incluem 11 membros da Duma (câmara baixa do parlamento russo) e o magnata Viktor Vekselberg, presidente do conglomerado energético russo Renova, bem como cinco familiares do bilionário Yuri Kovalchuk, um dos principais acionistas do Banco Rossia e conhecido como o "banqueiro de Putin".

Kovalchuk já tinha sido incluído nas sanções das autoridades japonesas, elevando para 61 o número de cidadãos russos cujos bens foram congelados.

Estas sanções contra a Rússia vêm juntar-se às aprovadas há uma semana pelo Governo japonês, que bloqueou os bens de mais 30 responsáveis e empresários, e proibiu a exportação de maquinaria para a indústria petrolífera russa.

Desde o início da invasão da Ucrânia, o Japão impôs sanções a cidadãos russos, incluindo o Presidente russo, Vladimir Putin, bem como a 12 bielorrussos, entre os quais o chefe de Estado, Alexander Lukashenko.

As autoridades financeiras do Japão também ordenaram que as trocas de divisas criptográficas baseadas no Japão bloqueassem transações envolvendo indivíduos ou entidades sujeitos às sanções contra a Rússia e a Bielorrússia.

O Japão, tal como outros países do G7 e a UE, tem aplicado sucessivas rondas de sanções contra a Rússia desde o início do conflito, incluindo a exclusão dos bancos russos do sistema Swift e um veto à exportação de semicondutores e outras tecnologias com potencial militar.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 07:21

Militares russos e guardas ucranianos controlam centrais de Chernobyl e Zaporizhzhia

Militares russos controlam as centrais nucleares de Chernobyl e Zaporizhzhia, juntamente com guardas e pessoal ucranianos, garantiu hoje o diretor do Segundo Departamento do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

Alexey Polishchuk disse à agência de notícias estatal russa Sputnik que as centrais voltaram a operar normalmente e os níveis de radiação são normais, "o que foi confirmado pela Agência Internacional de Energia Atómica" (AIEA).

O responsável indicou que a principal tarefa é "prevenir a provocação das forças nacionalistas ucranianas contra estas infraestruturas críticas".

A AIEA indicou que a central nuclear de Chernobyl voltou hoje a sofrer um corte no abastecimento de energia elétrica devido à ação das forças russas, embora a energia tenha sido restaurada posteriormente, de acordo com dados fornecidos pelas autoridades ucranianas.

"Os níveis de radiação em todas as centrais nucleares são normais", garantiu a AIEA, citando o operador ucraniano.

15 mar 2022 15 de março de 2022 às 07:02

Ataques a prédios em Kiev fazem dois mortos

De acordo com um comunicado dos Serviços de Emergência, o ataque aos prédios no distrito de Kiev fizeram dois mortos, esta terça-feira.

"Dois cadáveres foram encontrados no local", na sequência do ataque, e 27 pessoas foram retiradas ilesas do edifício, onde deflagrou um incêndio, indicaram aqueles serviços, na rede social Facebook.

Um outro ataque atingiu um prédio de nove andares no noroeste da capital ucraniana, disseram os mesmos serviços. O ataque causou um incêndio, que foi rapidamente extinto pelos bombeiros, e obrigou à hospitalização de um ferido.

Hipocrisia

Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.

Urbanista

Insustentável silêncio

Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.