O país está de novo em confinamento até 30 de novembro. Apenas permanecem abertos os estabelecimentos de produtos "essenciais", em particular os supermercados e farmácias.
A Grécia, já confinada para combater a pandemia de covid-19, decretou hoje um recolher obrigatório noturno a partir de sexta-feira após um forte aumento das infeções diárias que estão a pressionar os serviços de saúde.
Com a circulação rodoviária muito intensa em Atenas, apesar de um confinamento imposto desde sábado, o secretário de Estado para a Proteção civil, Nikos Hardalias, anunciou um recolher obrigatório noturno em todo o país a partir de sexta-feira "entre as 21:00 locais [19:00 em Lisboa] e aos 05:00 locais [03:00 em Lisboa]". Apenas são autorizadas "as deslocações por motivos de trabalho e de saúde", precisou.
A totalidade da Grécia está de novo em confinamento desde sábado e até 30 de novembro, e apenas permanecem abertos os estabelecimentos de produtos "essenciais", em particular os supermercados e farmácias.
Os gregos apenas podem circular com um SMS ou uma autorização escrita que indique um dos seis motivos de deslocamento autorizado (saúde, alimentação, atividade desportiva ou animal doméstico, acompanhamento à escola ou ajuda a pessoas vulnerável, serviços públicos e bancos, acidente familiar).
No entanto, o número de contágios diários não cessou de aumentar, e hoje os números fornecidos pelas autoridades indicam 2.752 pessoas infetadas, num total de 61.321.
Nas últimas 24 horas morreram 43 pessoas, um recorde desde o surgimento do vírus na Grécia, em finais de fevereiro.
"Verificámos deslocações inúteis", sublinhou Nikos Hardalias no decurso de uma declaração à televisão pública ERT, lamentando uma circulação automóvel ainda muito intensa.
"A situação é extremamente crítica, em particular em Salónica, onde uma em cada três pessoas está contaminada", alertou.
"Em Salónica, a taxa de positividade atingiu 32%, a propagação [do vírus] é muito importante e o sistema de saúde está no vermelho", precisou o ministro da Saúde Vassilis Kikilias, que se deslocou de urgência a esta cidade de cerca de um milhão de habitantes, a segunda do país.
O ministro dos Negócios Estrangeiros Nikos Dendias e o seu secretário de Estado anunciaram que vão cumprir quarentena "por precaução", após terem contactado com uma pessoa contaminada.
O chefe da igreja ortodoxa da Albânia, arcebispo Anastasios, 91 anos, testou positivo ao vírus e será transferido para um hospital de Atenas a bordo de um aparelho C130 da Força Aérea grega, indicou a agência noticiosa estatal Ana.
Desde a crise financeira (2010-2018) que a Grécia se confronta com um sistema de saúde deficiente, na sequência de uma importante redução das despesas públicas imposta pelos credores internacionais.
"O sistema está sob pressão e os próximos dias serão particularmente críticos", indicou na estação de televisão ERT Mina Gaga, diretora do serviço de pneumologia do hospital Sotiria em Atenas.
"Se Atenas enfrentar o mesmo problema que Salónica, a situação será muito difícil", preveniu.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.275.113 mortos em mais de 51,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 3.103 pessoas dos 192.172 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Grécia em novo confinamento decreta recolher obrigatório noturno
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