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Ex-chefe da inteligência da Coreia do Sul detido por declaração de lei marcial

Cho Tae-yong é acusado de ter conhecimento prévio dos planos de Yoon de declarar a lei marcial e de não os ter comunicado ao parlamento.

O ex-diretor do Serviço Nacional de Inteligência (NIS, na sigla inglesa) da Coreia do Sul foi hoje detido por acusações relacionadas com a declaração da lei marcial, há quase um ano.

Protesto pede o impeachment de Yoon Suk-yeol, presidente da Coreia do Sul
Protesto pede o impeachment de Yoon Suk-yeol, presidente da Coreia do Sul AP Photo/Ahn Young-joon

A detenção ocorreu após um tribunal sul-coreano aprovar a prisão de Cho Tae-yong nas primeiras horas da manhã, por o Ministério Público recear que o acusado destruísse provas relacionadas com a breve imposição da lei marcial pelo ex-presidente Yoon Suk-yeol, informou a agência de notícias local Yonhap.

O ex-chefe da inteligência é acusado de ter conhecimento prévio dos planos de Yoon de declarar a lei marcial, em 03 de dezembro de 2024, e de não os ter comunicado ao parlamento.

Negligência no cumprimento do dever, perjúrio e destruição de provas estão entre as acusações mais graves que Cho enfrenta em tribunal.

A detenção ocorre após a equipa do procurador especial sul-coreano que investiga Yoon ter apresentado acusações adicionais contra o ex-líder na segunda-feira, incluindo abuso de poder e colaboração com o inimigo.

Yoon é acusado de enviar 'drones' para a Coreia do Norte para provocar uma reação de Pyongyang que lhe permitisse declarar lei marcial.

O ex-líder enfrenta múltiplas acusações como parte da investigação conduzida pela equipa especial, liderada pelo procurador Cho Eun-suk, sobre a imposição do regime de exceção.

Yoon, formalmente destituído do cargo no início de abril, enfrenta outros dois julgamentos paralelos: um por insurreição e abuso de poder decorrentes de declaração inconstitucional de lei marcial, e outro relacionado com as ações antes e depois da declaração.