Num país onde 12 mil pessoas foram detidas pelo crime de insultar o líder, mesmo assim, o AKP, o partido do poder, está em risco de perder a capital nas eleições locais de dia 31. A economia a derrapar deu gás à oposição, mas o medo que o regime sente fá-lo exibir alguns tique norte-coreanos.
Nos trinta quilómetros que separam o aeroporto de Ancara do centro da cidade, há algo que chama a atenção: literalmente todos os postes de iluminação têm cartazes com as caras de Recep Tayyip Erdogan e de Mehmet Ozhaseki, o candidato do partido do presidente turco à capital. O país, assolado por uma crise económica, vai às urnas no dia 31 de março para escolher os seus autarcas. Embora não pareça, o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP) de Erdogan, no poder há mais de 16 anos, não será a única opção nos boletins de voto. Nas principais cidades turcas, o islamista AKP integra a Aliança Popular (AP) juntamente com os ultranacionalistas do Partido do Movimento Nacionalista, à imagem do que já tinha ocorrido nas legislativas e presidenciais de 2018. À AP opõe-se a Aliança Nacional (AN), composta pelo principal partido da oposição, o Partido Republicano Popular (CHP, esquerda laica), e pelos nacionalistas de centro-direita do Bom Partido (IP). Apesar do que a propaganda massiva possa sugerir, o resultado é pela primeira vez incerto. Para Erdogan, estas eleições são "uma questão de sobrevivência". "Não vamos apenas eleger autarcas, vamos votar pelo nosso futuro", acrescentou o presidente turco.
Erdogan, um presidente enraivecido em tempo de eleições
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