Sábado – Pense por si

“Acho que há muito mais gente poderosa para ser presa”

Sónia Bento
Sónia Bento 30 de março de 2019 às 08:00

Jorge Pontes formou-se no FBI e especializou-se em justiça criminal na universidade da Virgínia, EUA. Foi superintendente da Polícia Federal (PF) em Pernambuco, chefiou o escritório da PF brasileira em Paris, e a Interpol, no Brasil. Agora, o carioca, de 58 anos, vai lançar Crime.Gov, que desmascara o crime institucionalizado no seu país

Como delegado da Polícia Federal, Jorge Pontes coordenou inúmeras mega-operações contra criminosos ambientais e ações contra traficantes colombianos e fugitivos internacionais, e foi um dos investigadores do caso Dossiê Cayman – documentos falsos, criados com o objetivo de atribuir crimes inexistentes a políticos e candidatos do PSDB, nas eleições de 1998. Depois de ter deixado a PF, em 2012, ao atingir o limite de tempo de trabalho, esteve na organização dos Jogos Olímpicos de 2016, durante dois anos, mas ao observar "movimentações estranhas" pediu para sair. Hoje, Jorge Pontes dirige a área de ensino e estatística na Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), em Brasília, e viaja todos os fins de semana para o Rio de Janeiro. É casado com a empresária carioca Lilibeth Monteiro de Carvalho, ex-mulher do antigo Presidente Fernando Collor de Mello, e juntos têm 10 filhos – cinco cada um. Com o delegado Márcio Anselmo, considerado o pai da Lava Jato, escreveu o livro Crime.Gov, que vai ser lançado na próxima segunda-feira, dia 4, no Rio de Janeiro, no 5.º aniversário da operação que levou à prisão figuras importantes da política e do mundo empresarial, entre as quais os presidentes Lula da Silva e Michel Temer.   

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