Sob forte vigilância, a Dinamarca recorda hoje as vítimas dos atentados perpetrados há um ano em Copenhaga por um dinamarquês radicalizado que matou um cineasta e um judeu antes de ter sido abatido pela polícia
Sob forte vigilância, a Dinamarca recorda hoje as vítimas dos atentados perpetrados há um ano em Copenhaga por um jovem dinamarquês radicalizado, que matou um cineasta e um judeu antes de ter sido abatido pela polícia.
O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen, depositou hoje de manhã uma coroa de flores junto dos locais que foram os alvos dos ataques: um centro cultural e uma sinagoga.
"Os dinamarqueses têm mostrado que querem viver uma vida pacífica. É talvez a mensagem mais importante que podemos enviar no dia de hoje. Não vamos ceder, nem renunciar", afirmou o chefe do Governo dinamarquês, em declarações aos jornalistas, em frente ao centro cultural.
"Estamos numa situação em que ainda existe uma séria ameaça contra a Dinamarca. Isso não mudou. Mas nós também agimos. (...) Equipámos os nossos serviços de informações e a nossa polícia", reforçou.
O primeiro-ministro dinamarquês seguiu depois para um evento organizado pela associação Finn Nørgaard, entidade baptizada com o nome do realizador assassinado nos ataques que fornece apoio a jovens imigrantes.
"Com esta associação, queremos garantir que esta situação insana que nos privou de Finn Nørgaard não volta a acontecer", afirmou, em declarações à agência noticiosa francesa AFP, o fundador da organização, Jesper Lynghus.
"Copenhaga é hoje uma cidade diferente em comparação com há um ano", disse ainda Lynghus.
Para hoje à noite está prevista uma vigília nos dois locais dos ataques. Sob uma forte vigilância policial, o centro cultural e a sinagoga vão ficar ligados por uma corrente composta por 1.800 velas.
A 14 de Fevereiro de 2015, Omar El-Hussein, um dinamarquês de origem palestiniana de 22 anos, abriu fogo com uma arma automática num centro cultural, onde várias personalidades participavam num debate subordinado ao tema "Arte, blasfémia e liberdade".
Entre as personalidades que participavam no debate estavam o embaixador de França na capital dinamarquesa François Zimeray e o cartoonista sueco Lars Vilks, alvo dos islamitas desde que publicou em 2007 caricaturas do profeta Maomé no diário conservador dinamarquês Jyllands-Posten.
No ataque morreu o cineasta dinamarquês Finn Nørgaard, de 55 anos, e três polícias ficaram feridos.
O atacante conseguiu fugir e, nessa mesma noite, atirou contra um homem judeu de 37 anos, Dan Uzan, que estava em frente a uma sinagoga. Também feriu dois agentes da polícia.
Omar El-Hussein seria abatido horas mais tarde durante uma troca de tiros com a polícia num bairro popular da capital dinamarquesa, Nørrebro.
Após um ano dos ataques, a investigação deste caso prossegue.
Foi divulgado entretanto que Omar El-Hussein tinha prometido fidelidade ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) através da rede socialFacebook.
Papa insta líderes mexicanos e bispos a travarem violência devido ao tráfico de droga
O papa Francisco instou, no sábado, os líderes políticos e religiosos do México a travarem a violência em torno do tráfico de droga, apelando a uma "verdadeira justiça" e "coragem profética" contra o flagelo que aflige o país.
O sumo pontífice argentino aproveitou a sua visita ao Palácio Nacional e à catedral da capital mexicana para enviar duras mensagens às elites do país.
No palácio, com o Presidente Enrique Peña Nieto ao seu lado num pátio repleto de deputados e dirigentes do Governo, Francisco disse que os líderes políticos têm o dever de oferecer "verdadeira justiça" e "segurança eficaz" aos mexicanos.
"A experiência ensina-nos que cada vez que buscamos o caminho dos privilégios ou dos benefícios para alguns em vez do bem de todos (...), a sociedade torna-se um solo fértil para a corrupção, tráfico de droga, exclusão de culturas diferentes, violência e também tráfico humano, sequestro e morte", afirmou.
Os milhares de fiéis que se encontravam no exterior do Palácio Nacional, na histórica praça de Zocalo, aplaudiram fervorosamente as suas palavras.
"Bravo! É maravilhoso que diga a verdade ao Governo", gritou uma mulher.
"O papa envergonhou o Governo com tudo o que disse. Vamos ver se Peña Nieto toma a atitude certa", afirmou Ramiro Sosa, um lojista de 56 anos do estado de Veracruz, um dos mais violentos.
Dinamarca recorda vítimas um ano depois dos atentados em Copenhaga
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