Após ter terminado a recontagem dos boletins, o atual presidente da África do Sul foi confirmado como chefe de Estado do país, com 57,5% dos votos.
O atual presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, foi este sábado confirmado como chefe de Estado do país, com 57,5% dos votos, depois de ter terminado a recontagem dos boletins.
O Congresso Nacional Africano (CNA), pelo qual militou Nelson Mandela, nunca obteve menos de 62% nas eleições gerais, sendo este o seu pior resultado desde o início da democracia, em 1994, segundo a informação disponibilizada pela Comissão Eleitoral Independente sul-africana, depois de todos os distritos contados.
O organismo eleitoral prevê ter todos os dados durante a tarde de hoje, depois de recebidas todas as reclamações e com o anúncio oficial dos resultados.
Relativamente à oposição, a Aliança Democrática consolidou a posição de segundo partido mais votado, liderado por Mmusi Maimane, com 20,77%.
Este partido, tradicionalmente associado ao voto da minoria branca, mas que nestas eleições tentou conquistar o voto das classes médias negras, baixou ligeiramente em relação aos resultados das eleições gerais de 2014.
O principal beneficiado com a fuga de votos do Congresso Nacional Africano (CNA) foi o partido Lutadores pela Liberdade Económica, um grupo de extrema esquerda liderado por Julius Malema, antigo líder das juventudes do CNA, expulso do partido.
Este partido assume-se, assim, como a terceira força política do país, com 10,79% dos votos, apesar de ter apenas seis anos.
A participação eleitoral foi de 65,99%, a pior para umas eleições gerais, desde o fim do ‘apartheid’.
O descontentamento com os escândalos por corrupção na CNA, os graves problemas socioeconómicos – como a extrema desigualdade herdada pelo sistema segregacionista do ‘apartheid’ ou a elevada taxa de desemprego (27%) – roubaram bastantes votos ao partido.
Ainda assim, Cyril Ramaphosa conseguiu recuperar a imagem do antigo movimento de libertação, depois do seu antecessor no cargo, Jacob Zuma (2009-2018), ter sido forçado a demitir-se por vários escândalos por corrupção.
Na sequência desses casos, o apoio ao partido tinha caído para mínimos e corria o risco de precisar de fazer alianças para conseguir governar.
Com estes 57,5% de votos, o CNA mantém a maioria dos lugares na Assembleia Nacional (câmara baixa), que nos próximos dias deverá nomear um presidente.
A campanha eleitoral decorreu de forma pacifica, assim como a votação, mas na quinta-feira vários partidos da oposição apresentaram alguns pedidos de esclarecimento junto da comissão eleitoral sobre alegados votos múltiplos em algumas regiões.
A Comissão Eleitoral Independente sul-africana investigou as queixas e deteve cerca de 20 pessoas por tentarem votar mais do que uma vez.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.