Sábado – Pense por si

Criança que disparou contra colegas numa escola na Finlândia alegou "assédio"

Lusa 03 de abril de 2024 às 16:10
As mais lidas

Rapaz de 12 anos foi transferido para a escola no início de 2024. Uma criança morreu e duas ficaram feridas.

O rapaz de 12 anos suspeito de ter morto terça-feira um colega e ferido gravemente outros dois numa escola da Finlândia, justificou os seus atos dizendo que tinha sido vítima de assédio, afirmou hoje a polícia finlandesa.

Lehtikuva/Jussi Nukari via REUTERS

"O suspeito disse durante o interrogatório que tinha sido vítima de assédio, o que foi confirmado pela investigação preliminar", declarou a polícia num comunicado, acrescentando que o jovem tinha sido transferido para a escola no início do ano.

O estabelecimento de ensino onde ocorreu o tiroteio é uma escola primária, frequentada diariamente por cerca de 800 alunos e onde trabalham 90 pessoas.

A vice-diretora de educação e formação de Vantaa, Katri Kalske, informou que já foi convocado um gabinete de crise e explicou que qualquer atualização sobre o incidente é da responsabilidade da polícia, segundo noticiou o canal finlandês Yle.

O incidente levou hoje a Finlândia a observar um dia de luto.

Por volta das 08:00 locais (06:00 em Lisboa), todos os edifícios e instituições públicas puseram as bandeiras a meia haste em homenagem às vítimas, de acordo com o portal do Ministério do Interior finlandês, que encorajou todo o país a juntar-se ao luto.

Um rapaz de 12 anos, armado com um revólver, abriu fogo na terça-feira de manhã na sua escola em Vantaa, a norte da capital Helsínquia, matando um rapaz da mesma idade da sua turma e ferindo gravemente duas outras raparigas - uma de nacionalidade finlandesa e outra de dupla nacionalidade finlandesa-kosovar - antes de ser detido, segundo a polícia.

De acordo com o canal finlandês MTV uutiset, o agressor usava uma máscara e auscultadores com cancelamento de ruído quando cometeu o ato.

O ataque foi premeditado, disse a polícia numa conferência de imprensa algumas horas após o tiroteio na escola, que tem 800 alunos dos sete aos 15 anos em dois locais.

Os alunos regressaram hoje de manhã à escola, disse à AFP a vice-presidente da Câmara Municipal de Vantaa, Katri Kalske. A cidade criou uma unidade de aconselhamento.

"Estamos agora a concentrar-nos no apoio" às crianças, sublinhou, acrescentando que o ataque será discutido com os alunos em todas as escolas da cidade de uma forma "adequada à idade". 

A igreja local também prestará apoio às pessoas afetadas.

Artigos Relacionados

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.

Cuidados intensivos

Loucuras de Verão

Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.