Sábado – Pense por si

Costa critica "actuação para fins mediáticos" do primeiro-ministro de Itália

O primeiro-ministro português também elogiou a chanceler alemã Angela Merkel por estar "do lado certo daquilo que são os valores da Europa".

O primeiro-ministro português, António Costa, elogiou esta sexta-feira Angela Merkel, a sua homóloga alemã, e criticou a atitude do líder italiano, Giuseppe Conte, à saída do Conselho Europeu, realizado em Bruxelas. "Desejo à chanceler Angela Merkel as maiores felicidades porque tem estado do lado certo dos valores da Europa. Quanto a outras actuações para fins mediáticos, não faço comentários", referiu.

António Costa comentava assim a 'vitória' política de Angela Merkel, que nesta cimeira jogava uma cartada política interna decisiva, face às críticas de que era alvo dentro da sua própria coligação governamental, por parte da ala direita, e que ameaçavam precipitar a queda do seu Governo e novas eleições, assim como a 'prestação' de Conte.

O primeiro-ministro italiano chegou a bloquear as conclusões do primeiro dia de trabalhos, obrigando os 28 a uma maratona negocial.

Giuseppe Conte salientou hoje que o seu país "já não está sozinho" na gestão dos fluxos migratórios, depois de o Conselho Europeu ter chegado a acordo sobre o tema.

Conte manifestou-se satisfeito com o acordo alcançado, que prevê para a questão das migrações "uma abordagem integrada", como a Itália tinha pedido, baseada numa maior solidariedade entre os Estados-membros.

O chefe do Governo italiano realçou o ponto das conclusões do Conselho Europeu que prevê a criação de plataformas de desembarque em países terceiros, para os migrantes resgatados nas águas do Mediterrâneo, sendo que estas operações devem ser realizadas, ao abrigo da legislação internacional, por autoridades marítimas.

Itália também ficou agradada com o princípio de que quem chega a um Estado-membro, chega à UE, o que apela a uma maior solidariedade na repartição dos requerentes de asilo.

Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.