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Bolsonaro sugere que PT quer cometer fraude nas presidenciais

17 de setembro de 2018 às 22:34
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Candidato do PSL diz que Fernando Haddad "assina no mesmo minuto da posse o indulto do Lula", caso seja eleito presidente do Brasil.

O candidato às eleições presidenciais do BrasilJair Bolsonaro, internado num hospital após ter sido esfaqueado, sugeriu a possibilidade de fraude por parte do Partido dos Trabalhadores (PT) no resultado eleitoral.

Numa menção directa ao ex-presidente brasileiro Lula da Silva (PT), que cumpre uma pena de prisão de 12 anos e um mês por corrupção, Bolsonaro falou em "jogo de poder" e o "domínio de uma nação", através de um vídeo filmado este domingo num hospital em São Paulo.

"Você aceitaria passivamente, bovinamente, ir para a cadeia? Você não tentaria uma fuga? Bem, se você não tentou fugir, com tudo ao teu lado, é obviamente porque você tem um plano B. Qual é o plano B desse presidiário? Desse homem pobre, lá atrás, que roubou todas as nossas esperanças? Não consigo pensar em outra coisa a não ser o plano B se materializar numa fraude", disse o candidato do Partido Social Liberal (PSL).

Momentos depois, conforme cita o jornal Folha de São Paulo, Bolsonaro afirmou que o candidato do PT, Fernando Haddad, se eleito, "assina no mesmo minuto da posse o indulto do Lula".

Dirigindo-se à imprensa, Bolsonaro recomendou ainda a leitura de documentos partidários do PT acerca do controlo dos meios de comunicação. "O PT não esconde o que faz mais. Por favor, leiam dois documentos apenas: o primeiro, o caderno de tese do PT de 2015. Depois, o outro documento, a análise da conjuntura de 2016", afirmou Bolsonaro.

"Se vocês lerem com atenção esses documentos, entre outras barbaridades, vocês vão ver lá claramente escrito que o PT vai buscar, sim, o controlo social dos media. Vocês vão perder a liberdade. Sei que nem todos têm hoje em dia, quem tem alguma vai perder completamente", alertou o candidato.

Depois de levantar hipóteses de fraude sob o PT, o capitão reformado passou, então, a fazer uma ampla defesa do voto impresso, cuja obrigatoriedade foi rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal, para evitar fraudes nos resultados das eleições, em oposição ao voto electrónico.

Não é a primeira vez que o candidato presidencial do PSL coloca o processo eleitoral sob suspeita: "As eleições, de qualquer forma, estão sob suspeição", disse em Julho, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

, em São Paulo, desde 7 de Setembro, após ter sido esfaqueado durante uma acção de campanha em Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais.

Na sua campanha presidencial, Bolsonaro defende os valores tradicionais da família cristã, o porte de armas e ‘prega’ que o combate à violência no Brasil, país que atingiu a marca de 63.800 homicídios em 2017, deve ser feito de forma violenta pelas autoridades policiais.

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