A operadora de transportes ferroviários alemã Mitteldeutsche Regiobahn nega que seja uma reacção aos crimes de violência sexual, mas foi em Colónia que se deram as agressões aparentemente coordenadas que foram atribuídas a refugiados - situação depois desmentida
Uma operadora de transportes ferroviários alemã acaba de introduzir carruagens exclusivas para mulheres em alguns dos seus comboios, negando porém que a medida seja uma resposta a um surto recente de agressões sexuais.
A decisão da Mitteldeutsche Regiobahn, avançada esta terça-feira pelo jornal britânico Independent, ocorre poucos dias depois da acusação formal do primeiro suspeito no caso das agressões sexuais colectivas e aparentemente coordenadas na principal estação ferroviária de Colónia (oeste da Alemanha) durante a última passagem de ano.
O incidente, sistematicamente ligado aos migrantes, tem sido aproveitado por extremistas de extrema-direita para o estímulo de sentimentos anti-migrantes.
A Mitteldeutsche Regiobahn fez saber que a medida tem o propósito de criar uma atmosfera mais segura para todas as mulheres viajantes em geral e que as crianças, incluindo rapazes até dez anos, vão poder viajar nestas carruagens.
A medida funcionará nos comboios que fazem cerca de 50 quilómetros em Leipzig, na linha Chemnitz, e as carruagens serão "deliberadamente" introduzidas junto ao local onde viaja a tripulação, indicou um porta-voz da operadora citado pelo Independent.
Os comboios com carruagens exclusivas para mulheres são frequentes em países como o Japão, Índia, México, Brasil, Egipto e Indonésia como medida de prevenção de agressões sexuais.
Um homem de 26 anos com nacionalidade argelina foi formalmente acusado na passada quinta-feira por actos de agressão sexual e roubo nos incidentes de Colónia.
Trata-se da primeira pessoa a ser judicialmente acusada de estar envolvida nos incidentes da passagem de ano naquela cidade, que resultaram em mais de 1.100 queixas, incluindo cerca de 480 queixas de abusos sexuais.
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