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100 anos da União Soviética. A tragédia da utopia leninista

Vasco Rato
Vasco Rato 31 de dezembro de 2022 às 18:00

A URSS foi para muitos a esperança de um mundo fraterno, solidário e igualitário. Um raio de luz contra o capitalismo. Mas acabou por se tornar um sinónimo de tirania, terror e servidão, que deixou para trás um legado de muitos milhões de mortos

Para dezenas de milhões, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), criada a 30 de dezembro de 1922, encarnou a esperança de um mundo fraterno, solidário e igualitário. Para outros tantos, a sua existência era sinónimo de tirania, terror e servidão. A mais relevante das utopias políticas do sangrento século XX, a “construção do socialismo soviético” prometia uma alternativa ao capitalismo encabeçada pelo proletariado, cuja missão histórica era cumprir a revolução que levaria à sociedade sem classes. Rumo ao comunismo, a classe operária seria guiada pela sua vanguarda revolucionária, o “partido de tipo novo” de Vladimir Lenine. Poucas décadas depois da sua fundação – e à semelhança das demais utopias –, a União Soviética reduzia-se a escombros e a cadáveres.

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