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Zelensky, um ano de guerra depois: "A vitória é inevitável"

Leonor Riso 24 de fevereiro de 2023 às 15:46

Presidente ucraniano considera que, se todos os parceiros da Ucrânia fizerem o seu "trabalho de casa", o seu país irá vencer a guerra contra a Rússia que começou há um ano.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky deu esta sexta-feira, 24 de fevereiro, uma conferência de imprensa para assinalar um ano de guerra na Ucrânia. Zelensky começou por agradecer jornalistas ucranianos e estrangeiros que cobrem a guerra e respeitou um minuto de silêncio. "O facto de todo o mundo não esquecer a Ucrânia permite-nos mantermo-nos fortes para permanecermos invencíveis", disse aos jornalistas. 

REUTERS/Gleb Garanich

"Se todos os parceiros da Ucrânia fizerem o seu trabalho de casa, a vitória é inevitável", defendeu.

O presidente ucraniano está a responder a questões dos jornalistas. Afirmou desejar que a América Latina, África, China e Índia participem na fórmula para a paz na Ucrânia. O seu país "precisa de dar passos" relativamente aos países africanos, algo que fez mal durante muitos anos, considerou Zelensky. Diz ainda que gostaria de realizar uma cimeira entre a Ucrânia e os países da América Latina.

Sobre a China, que foi acusada de pretender enviar armamento à Rússia, Volodymyr Zelensky diz que não apresentou plano para a paz. "Penso que a China começou a falar sobre a Ucrânia, e isso não é mau.A declaração chinesarespeita a nossa integridade territorial." Indicou ainda que existem algumas considerações na declaração chinesa que compreende, e outras com que discorda. "Se esta declaração tem pontos que funcionam para nós, por que não trabalhar com ela", afirmou.

O presidente ucraniano foi ainda questionado acerca de declarações atribuídas ao general Milley, chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos, sobre a Ucrânia não ser capaz de retirar a Rússia de todo o território ocupado. "Não ouvi isso na reunião", afirmou Zelensky. "Se pensa isso, deve acelerar a entrega de armas à Ucrânia."

Após terem-lhe sido atribuídas considerações sobre ser muito difícil que em 2023 se retirem todas as forças russas da Ucrânia, um porta-voz do general indicou que na reunião em questão, Milley informou sobre várias hipóteses, e que as declarações se referiam a uma delas.

Volodymyr Zelensky contou que o momento da guerra que foi mais difícil foi o massacre de Bucha. "O momento em que libertámos Bucha. O que vimos. Foi horrível. O que vimos... O diabo não está abaixo de nós - está entre nós."

Questionado sobre negociações de paz com Moscovo, o presidente ucraniano deixou uma mensagem: "Respeitem o nosso direito a viver na nossa terra, saiam do nosso território, parem de nos bombardear, parem de matar civis, parem os bombardeamentos. Parem de fazer tudo isto, e só depois é que vos diremos que forma será usada para acabar com tudo de forma diplomática." Considera que agora, negociações com a Rússia não fazem sentido: "Temos que começar do nada - precisamos de recuar ao que foi violado."

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