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Zelensky poderá encontrar-se com Trump na cimeira do G7 no Canadá

06 de junho de 2025 às 22:22

De acordo com a agência de notícias Ukrinform, o líder ucraniano confirmou um convite para estar presente na cimeira do G7.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o homólogo norte-americano, Donald Trump, poderão reunir-se durante a cimeira do G7, entre 15 a 17 de junho no Canadá, indicou esta sexta-feira o chefe de gabinete do líder ucraniano.

Andrii Yermak explicou em declarações à imprensa que a sua recente visita aos Estados Unidos teve como objetivo, entre outras assuntos, preparar um possível encontro dos dois dirigentes na cidade canadiana de Kananaskis, à margem da cimeira das sete democracias mais industrializadas do mundo, segundo o canal de televisão ucraniano 24.

De acordo com a agência de notícias Ukrinform, o líder ucraniano confirmou um convite para estar presente na cimeira do G7.

As declarações do chefe de gabinete de Zelensky surgem após uma deslocação esta semana a Washington, onde se encontrou com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.

Andrii Yermak sublinhou na ocasião que as sanções norte-americanas se revelaram as mais eficazes contra a Rússia e reafirmou a disponibilidade de Kiev para um cessar-fogo incondicional.

Segundo Yermak, a Rússia não atingiu os objetivos que estabeleceu com a invasão nos últimos três anos e, neste momento, não está em condições de exigir qualquer tipo de ultimato.

O custo para a Rússia de cada quilómetro quadrado, de acordo com os seus cálculos, é de 167 soldados mortos em combate.

Trump e Zelensky encontraram-se pela última vez a 26 de abril, pouco antes de assistirem ao funeral do Papa Francisco no Vaticano.

O encontro serviu para apaziguar as relações entre ambos depois da discussão pública que mantiveram na Casa Branca, em Washington, em fevereiro passado.

Trump manifestou entretanto a sua abertura para uma cimeira com Zelensky e o Presidente russo, Vladimir Putin, para avançar com as negociações de paz entre as partes, seguindo a oferta nesse sentido do líder turco, Recep Tayyip Erdogan.

Do último encontro direto entre as delegações de Kiev e Moscovo, na segunda-feira em Istambul, resultou um acordo para a troca de todos os prisioneiros até aos 25 anos, bem como de todos os doentes e gravemente feridos, além dos corpos de soldados em posse das partes.

A Rússia divulgou entretanto a sua proposta de paz, que inclui as suas exigências maximalistas de reconhecimento internacional sobre as quatro províncias que ocupa parcialmente na Ucrânia (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia), além da Península da Crimeia, e a retirada das tropas ucranianas destes territórios antes de assinar um cessar-fogo.

Moscovo pretende também a rejeição dos planos de Kiev de adesão à NATO e dos seus projetos de militarização.

A Ucrânia, por seu lado, recusa ceder a soberania sobre aqueles territórios e exige um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes de avançar nas conversações.

Ao mesmo tempo, as partes têm intensificado as suas ações militares no terreno de combate, com investidas russas no norte e leste da Ucrânia, a par de bombardeamentos aéreos, após as forças ucranianas terem realizado no passado fim de semana vários ataques em profundidade na Rússia.

AP Photo/ Mystyslav Chernov, File
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