Trump pede a Sessions que acabe com "caça às bruxas" sobre a Rússia
Presidente dos EUA considera que a investigação está minada sobre a alegada ingerência de Moscovo nas eleições de 2016 está minada por conflitos de interesses do procurador especial Robert Mueller e manipulada pelos seus adversários políticos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao ministro da Justiça, Jeff Sessions, para pôr fim ao inquérito sobre a ingerência russa nas presidenciais norte-americanas de 2016.
Numa mensagem na rede social Twitter, publicada esta terça-feira, Trump afirmou que a investigação está minada por conflitos de interesses do procurador especial Robert Mueller e manipulada pelos seus adversários políticos.
"É uma situação terrível e o procurador-geral Jeff Sessions deve pôr fim a esta caça às bruxas viciada, antes que continue a manchar o nosso país", escreveu.
O comentário de Trump foi feito um dia depois do início do julgamento do seu ex-director de campanha, Paul Manafort, suspeito de acusado de fraude e branqueamento de capitais, o primeiro julgamento que resulta da investigação de Mueller sobre uma ingerência russa na campanha.
O presidente norte-americano afirmou também que o julgamento de Manafort "não tem nada a ver com conspiração". "Paul Manafort trabalhou com Ronald Reagan, Bob Dole e muitos outros destacados e respeitados líderes políticos. Trabalhou para mim muito pouco tempo", escreveu.
Manafort foi contratado pela campanha em Março de 2016, promovido a director de campanha em Maio e demitiu-se em Agosto. "Porque é que o governo não me disse que ele estava a ser investigado? Estas acusações antigas não têm nada a ver com conspiração – uma farsa!", escreveu Trump.
A administração Trump mantém uma relação tensa com Mueller desde que foi nomeado, em maio de 2017, para dirigir o inquérito às suspeitas de ingerência russa na campanha presidencial para favorecer o candidato Donald Trump.
Mueller foi nomeado pelo procurador-geral adjunto, Rod Rosenstein, depois de Sessions se ter escusado a fazê-lo por poder vir a ser ele próprio chamado a testemunhar, o que acabou por ocorrer. Nesse sentido, Sessions não tem competência para arquivar o inquérito.
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