"Sem ela, vamos perder a guerra". Zelensky pede ajuda aos EUA
Presidente ucraniano quer angariar apoio para novos pacotes de ajuda militar, mas os republicanos questionam o gasto de tantos fundos num conflito sem fim à vista.
Depois de Nova Iorque, Washington. O presidente da Ucrânia teve uma reunião esta quinta-feira no Senado dos EUA (a sede do Departamento de Defesa norte-americano) para conseguir apoios para combater a invasão russa. O presidente dos EUA, Joe Biden, vai apresentar um pacote de ajuda militar no valor de 325 milhões de dólares (305 milhões de euros) que terá que passar pelo Senado e pela Câmara dos Representantes. Esta última, controlada pelos republicanos desde janeiro, pode apresentar alguns entraves.
Numa reunião à porta fechada, Volodymyr Zelensky apelou ao apoio de todos. "Tivemos um ótimo diálogo", garantiu à saída. Lá dentro, de acordo com Chuck Schumer, líder da maioria no Senado, frisou: "Se não conseguirmos a ajuda, vamos perder a guerra."
Desde fevereiro de 2022, os EUA já destinaram 113 mil milhões de dólares (106 mil milhões de euros) de ajuda à Ucrânia para o esforço de guerra contra a Rússia. Contudo, os republicanos questionam o uso de tantos recursos. J. D. Vance, senador republicano, considerou que os EUA "estão a ser alvo de um pedido de financiamento de um conflito indefinido com recursos ilimitados". "Basta", frisou.
Do lado democrata, Chuck Schumer questionou: "Qual é o sentido de cortar o apoio agora quando estamos num ponto de viragem na guerra? Agora não é a altura para tirar o pé do acelerador no que toca a apoiar a Ucrânia."
A passagem de Zelensky pelos EUA foi ainda marcada por um dos maiores ataques com mísseis da Rússia contra a Ucrânia, esta quinta-feira.
Depois do Senado, o secretário de Estado da Defesa, Lloyd Austin, recebeu Zelensky no Pentágono, nem como o Chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, general Mark Milley.
Segue-se um encontro com Joe Biden, onde ele irá anunciar o novo pacote de ajuda.
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