Quatro norte-americanos esfaqueados numa cidade na China
O grupo, que estava a dar aulas na China no âmbito de uma parceria, estava a visitar um parque na cidade de Jilin, quando foram abordados por um homem com uma faca. Os quatro estão hospitalizados e não correm perigo de vida.
Quatro professores norte-americanos da universidade de Iowa Cornell ficaram feridos após serem esfaqueados num parque público na província de Jilin, no nordeste da China na segunda-feira, dia 10.
Não são claros os pormenores sobre se o ataque foi direcionado ou aleatório. Atualmente, os quatro estão hospitalizados, tendo o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China afirmado que nenhum corre risco de vida.
O deputado estadual do Iowa, Adam Zabner, disse aos meios de comunicação social norte-americanos que o seu irmão, David Zabner, fazia parte do grupo que visitava um templo no parque Beishan quando foi atacado por um homem armado com uma faca. David Zabner "foi ferido no braço durante um ataque com uma faca quando visitava um templo na cidade de Jilin, na China", indicou Adam à Reuters, adiantando que estava a recuperar no hospital.
"Falei com David há poucos minutos, ele está a recuperar dos ferimentos e está bem. A minha família está incrivelmente grata pelo facto de David ter sobrevivido a este ataque", acrescentou o deputado.
A universidade de Cornell também informou que os quatro instrutores estavam a dar aulas "no âmbito de uma parceria com uma universidade na China". O grupo tinha sido acompanhado por um membro da Universidade de Beihua enquanto visitava o parque.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jia, informou que os feridos foram imediatamente transportados para o hospital, onde receberam tratamento. "Este foi um incidente isolado e a investigação continua", afirmou Lin Jia. "A China é amplamente considerada um dos países mais seguros do mundo e continuará a tomar as medidas necessárias para garantir a segurança dos estrangeiros no país."
Lin Jia não respondeu a perguntas relacionadas sobre se o agressor estava sob custódia policial, acrescentando que era necessário uma investigação mais aprofundada. "Acreditamos que isto não irá prejudicar as relações com outros países", defendeu.
Já um porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos disse à BBC que tinha conhecimento de relatos de um incidente de esfaqueamento em Jilin, mas não podia fornecer mais informações.
Apesar disto, o incidente foi rapidamente censurado na internet chinesa. Várias imagens que circulam parecem mostrar pelo menos três pessoas a sangrar e deitadas no chão.
Pesquisas por palavras como "estrangeiros Jilin" não tem produzido resultados esta terça-feira apesar do termo de estar no topo das pesquisas no Weibo, site chinês de microblogging. Em vez disso, os utilizadores discutiram o assunto usando termos adjacentes, enquanto alguns pediram mais informações.
O comentador chinês Hu Xijin, antigo chefe de redação do jornal chinês Global Times, tinha anteriormente publicado no Weibo que a China tem vindo a registar um número crescente de visitantes estrangeiros e que os chineses são "tipicamente amigáveis" para com eles. Descreveu o incidente como um "acontecimento fortuito". A publicação acabou por ser eliminada.
Os meios de comunicação social estatais chineses também não divulgaram informações sobre o incidente.
No meio de relações diplomáticas tensas, a China e os Estados Unidos têm vindo a procurar restabelecer os intercâmbios interpessoais nos últimos tempos. Xi Jinping, presidente chinês, revelou um plano para convidar 50 mil jovens norte-americanos a visitar a China nos próximos cinco anos, enquanto os diplomatas chineses afirmam que um aviso de viagem do Departamento de Estado dos Estados Unidos desencorajou os americanos de irem à China.
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