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Plano italiano para conter saída de migrantes conta já com 14 países africanos

Lusa 12 de novembro de 2025 às 12:33

O Plano Mattei prevê "o envolvimento direto de 14 nações africanas, mais de mil milhões de euros em recursos com que Itália já se comprometeu para projetos no continente africano e sinergia com o Global Gateway".

Mais de uma dezena de nações africanas já estão envolvidas no Plano Mattei para África para estimular o desenvolvimento e conter a saída de migrantes, disse hoje a primeira-ministra italiana.
Giorgia Meloni fala sobre o Plano Mattei para África e a cooperação com 14 nações africanas Roberto Monaldo/LaPresse via AP
O Plano Mattei prevê "o envolvimento direto de 14 nações africanas, mais de mil milhões de euros em recursos com que Itália já se comprometeu para projetos no continente africano e sinergia com o Global Gateway, no valor de mais de 1.200 milhões de euros", disse Giorgia Meloni, numa mensagem de vídeo num evento organizado pelo Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus no Parlamento Europeu. "Esta cooperação", acrescentou, "está atualmente focada em quatro grandes iniciativas estratégicas: a construção do Corredor de Infraestruturas de Lobito, ligando a África Ocidental e Oriental, ligando Angola, a República Democrática do Congo e a Zâmbia; o desenvolvimento de cadeias de produção de café em vários países africanos; a extensão à África Oriental do cabo Blue-Raman, a espinha dorsal marítima que ligará a Índia às economias europeias, passando pelo Médio Oriente e pelo Mediterrâneo; e a Inteligência Artificial", com o Centro para o Desenvolvimento Sustentável em Roma, que envolverá centenas de 'startups' africanas para aplicar a tecnologia aos vários setores do plano. "A Cimeira entre a União Europeia e a União Africana, que terá lugar em Angola nas próximas semanas, será uma oportunidade para desenvolver ainda mais esta visão e sincronizar programas estratégicos entre os dois continentes", concluiu a primeira-ministra. Meloni afirmou ainda que a Itália continuará a ser uma ponte entre os continentes europeu e africano, até porque, defendeu, "o futuro da Europa depende de uma África mais estável, mais segura e mais próspera". Por outro lado, acrescentou, "o futuro da África depende de uma Europa capaz de ouvir, investir e construir em conjunto, com humildade e respeito pelos outros".
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