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Netanyahu convoca gabinete de segurança para analisar 2.ª fase do cessar-fogo

Lusa 16 de fevereiro de 2025 às 18:01

O Hamas denunciou hoje que Israel ainda não tinha iniciado negociações para a segunda fase das tréguas em Gaza.

O gabinete de segurança de Israel reúne-se na segunda-feira para analisar a segunda fase do cessar-fogo em Gaza, após conversações entre o primeiro-ministro e o enviado do Presidente norte-americano para o Médio Oriente, anunciou hoje.

REUTERS/Kent Nishimura

"O primeiro-ministro falou recentemente com o enviado do Presidente dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff, e informou-o que iria convocar o gabinete de segurança amanhã [segunda-feira] para discutir a segunda fase do acordo" de cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita Hamas em Gaza que entrou em vigor em 19 de janeiro, avançou o gabinete de Benjamin Netanyahu em comunicado.

O Hamas denunciou hoje que Israel ainda não tinha iniciado negociações para a segunda fase das tréguas em Gaza, avisando que este impasse constitui uma "grave violação" do definido no atual acordo de cessar-fogo.

"O que posso dizer com certeza é que as negociações não começaram até agora. Esta é uma violação muito grave que mostra as más intenções [de Israel] em relação ao futuro do acordo", lamentou Basem Naim, membro do bureau político do Hamas.

Esta nova fase, considerada mais complicada, prevê a devolução de todos os reféns capturados no ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023 e uma prorrogação indefinida do cessar-fogo.

Segundo o estipulado no atual acordo, graças ao qual foram libertados 24 reféns de Gaza - incluindo cinco tailandeses -, as negociações sobre a segunda deveriam ter começado em 03 de fevereiro.

O ataque de 07 de outubro resultou na morte de 1.211 pessoas do lado israelita, a maioria civis, de acordo com uma contagem da agência AFP baseada em dados oficiais e incluindo reféns que morreram ou foram mortos em cativeiro.

A ofensiva de retaliação israelita em Gaza deixou pelo menos 48.264 mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados confiáveis pela ONU, e causou um desastre humanitário no território.

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