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Médio Oriente: Milícias pró-Irão atacam base dos EUA na Síria

Lusa 05 de outubro de 2024 às 14:40

O ataque foi lançado contra uma base situada junto ao campo de gás natural de Conoco, em Al Ezba, e provocou "explosões violentas".

Milícias pró-iranianas atacaram na sexta-feira à noite uma base militar norte-americana em Deir Ezzor, no leste da Síria, com recurso a ‘rockets’ e 'drones', anunciou este sábado o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

REUTERS/Mohamed Azakir

O ataque foi lançado contra uma base situada junto ao campo de gás natural de Conoco, em Al Ezba, e provocou "explosões violentas", segundo a mesma fonte.

As forças norte-americanas intercetaram alguns dos ‘rockets’ para evitar danos maiores e depois atacaram o local de origem dos lançamentos, segundo o Observatório, uma organização com sede em Londres mas com uma ampla rede de informadores dentro do país árabe.

Até agora, nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque e o Comando Central dos Estados Unidos não deu qualquer informação sobre o assunto.

Segundo uma contagem do Observatório, os grupos pró-Irão realizaram pelo menos 142 ataques contra posições dos EUA e dos seus aliados internacionais na Síria desde outubro de 2023, quando o atual conflito no Médio Oriente começou com um ataque sem precedentes do grupo islamita Hamas ao território israelita.

Na sexta-feira, o presidente norte-americano, Joe Biden, sublinhou o seu apoio a Telavive, lembrando que a sua administração foi a que mais ajudou Israel e defendeu que o executivo israelita deve considerar outros alvos "além de campos petrolíferos" na resposta ao ataque do Irão.

"Nenhum Governo ajudou Israel mais do que o meu. Nenhum, nenhum, nenhum. E acho que Bibi deveria lembrar-se disso", afirmou Biden numa conferência de imprensa na Casa Branca, referindo o apelido pelo qual o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, é conhecido em Israel.

Joe Biden afirmou ainda que Israel deveria "considerar outras opções" além de atacar instalações petrolíferas no Irão, depois de admitir na véspera que esta possibilidade estava em "discussão".

"Se eu estivesse no lugar deles, consideraria outras opções além de atacar os campos petrolíferos" no Irão, declarou.

Também o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu hoje dar conselhos a Israel sobre a estratégia de guerra, defendendo que o aliado deve atacar as instalações nucleares do Irão, em retaliação contra o lançamento de cerca de 200 mísseis contra solo israelita.

Falando na Carolina do Norte (sudeste), na sexta-feira, Trump referiu uma questão colocada ao presidente Joe Biden, na quarta-feira, sobre a possibilidade de Israel ter como alvo as instalações nucleares iranianas.

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