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Kamala Harris diz a Netanyahu que já é tempo de concluir cessar fogo com Hamas

Lusa 26 de julho de 2024 às 07:37

Harris tem sido abertamente crítica com a forma como Israel conduz os ataques na Faixa de Gaza, que já causou mais de 39 mil mortos, e foi a primeira voz do governo de Biden a exigir um cessar-fogo.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, disse na quinta-feira ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que "já é tempo" de o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas "ser concluído".

A declaração de Harris a Netanyahu ocorreu durante o encontro realizado na Casa Branca, a quem também expressou a sua "viva inquietação" com as vítimas civis do conflito, como divulgado aos jornalistas depois do encontro.

"Não podemos desviar o olhar destas tragédias. Não nos podemos permitir ser insensíveis ao sofrimento e não ficarei silenciosa", acrescentou Harris, que é a candidata do Partido Democrata à eleição presidencial, quando se está no 10.º mês do conflito entre Israel e o Hamas.

Antes de se reunir com Netanyahu, Harris, recebeu-o com uma breve saudação, durante a qual lhe disse, com semblante carregado: "Bem-vindo, senhor primeiro-ministro. Temos muito que falar".

Harris tem sido abertamente crítica com a forma como Israel conduz os ataques na Faixa de Gaza, que já causou mais de 39 mil mortos, e foi a primeira voz do governo de Biden a exigir um cessar-fogo.

A vice-presidente, que tem entre as suas funções a da presidência do Senado, foi a grande ausente do discurso do chefe de governo israelita no Congresso norte-americano.

REUTERS/Nathan Howard

Também o Presidente dos Estados Unidos pediu ao primeiro-ministro de Israel para "finalizar o acordo" de cessar-fogo em Gaza. Joe Biden "expressou a necessidade de preencher as lacunas restantes, finalizar o acordo o mais rapidamente possível, devolver os reféns às suas casas e pôr um fim duradouro à guerra em Gaza", no encontro com Benjamin Netanyahu, na quinta-feira, acrescentou.

Durante a reunião, Biden também discutiu a crise humanitária no enclave palestiniano, onde as autoridades israelitas devem "remover quaisquer obstáculos" ao fluxo de ajuda humanitária, restaurar os serviços básicos e reduzir os danos aos civis, de acordo com um comunicado.

Sobre as negociações, os EUA reafirmaram o apoio à segurança de Israel contra "o Irão e as milícias que lhe estão associadas", incluindo o palestiniano Hamas, o libanês Hezbollah e os rebeldes Huthis do Iémen.

Os dois líderes também se reuniram com vários familiares de cidadãos americanos raptados na Faixa de Gaza, incluindo a família Siegel, Alexander, Dekel-Chen, Naftali, Neutra, Goldberg-Polin e Chen.

O acordo em três fases pretende terminar o conflito no enclave, o que seria uma conquista para o legado do político Democrata, de 81 anos, que no domingo abandonou a candidatura à Casa Branca em favor da vice-Presidente, Kamala Harris.

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