Cerca de 150 jornalistas fugiram da Rússia
Pelo menos 150 jornalistas fugiram da Rússia desde que o país invadiu a Ucrânia, divulgou hoje a Amnistia Internacional, alertando para a forte repressão das autoridades russas, que já detiveram mais 13.800 pessoas em manifestações pacíficas.
Em comunicado, a Amnistia Internacional (AI) acusa o Governo de Vladimir Putin de estar a levar a cabo na Rússia "uma repressão implacável" para "sufocar" os críticos à invasão da Ucrânia.
"As autoridades russas desencadearam uma repressão sem precedentes a nível nacional sobre o jornalismo independente, protestos antiguerra e vozes dissidentes", refere a organização de defesa dos direitos humanos.
Segundo a AI, a proibição de utilização de redes sociais como o Facebook e o Twitter, do emprego de termos como "guerra", o bloqueio de meios de comunicação "independentes" e a criação de legislação que pune a elaboração de relatórios sobre a invasão da Ucrânia exemplificam a repressão das autoridades russas.
"Ao bloquear os meios de comunicação social críticos mais populares, ao encerrar estações de rádio independentes e a forçar dezenas de jornalistas a suspenderem o seu trabalho ou a abandonarem o país, as autoridades estão a privar, quase por completo, as pessoas na Rússia de terem acesso a informações objetivas, imparciais e de confiança", sublinha a AI.