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Fronteira de Rafah encerrada após passagem de 20 camiões de ajuda médica

Ana Bela Ferreira , Lusa 21 de outubro de 2023 às 15:48

A "passagem está fechada de ambos os lados", disse o presidente do Crescente Vermelho do Sinai do Norte, Khaled Said. Não se sabe quando será possível nova abertura.

As autoridades que gerem o posto fronteiriço de Rafah, que liga Egipto e Faixa de Gaza, encerraram este sábado a passagem depois de durante a manhã terem passado 20 camiões de ajuda humanitária acordados nesta primeira missão. Não há informações sobre uma futura reabertura.

REUTERS/Mohammed Salem

A "passagem está fechada de ambos os lados, tanto do lado egípcio como do lado palestiniano, depois de os 20 camiões que entraram (na Faixa) pela passagem de Rafah terem descarregado a sua carga e regressado a solo egípcio", disse o presidente do Crescente Vermelho do Sinai do Norte, Khaled Said.

Said sublinhou que os fornecimentos entregues ao lado palestiniano de Rafah são "apenas ajuda médica".

Nenhum dos carregamentos incluía combustível e que não se sabe quando será feita uma nova entrega de ajuda ao enclave palestiniano nem quantos camiões poderão entrar. Esta foi a primeira abertura, depois de Israel ter fechado as ligações ao território que serve de base aos militantes do Hamas. Desde que foi atacado, há 15 dias, que Israel tem cercado e bombardeado a Faixa de Gaza, estando prevista uma incursão terrestre.

As testemunhas no local, indicaram à Reuters que os camiões se dirigiram às cidades de Rafah e Khan Younis, no sul da Gaza, onde centenas de milhares de palestinianos se refugiram depois do alerta israelita de que iriam atacar o norte do território e que deviam pôr-se a salvo.

Do lado palestiniano ficou o alerta de que a falta de combustível nesta primeira missão põe em risco o apoio aos doentes. "Excluir os combustíveis da ajuda humanitária significa que as vidas dos doentes e feridos vai continuar em risco. Os hospitais de Gaza estão a ficar sem os meios básicos para levar a cabo intervenções médicas", alertou, à Reuters, o ministro da Saúde de Gaza, que pertence ao Hamas, que governa a região.

Apesar da ajuda que chegou este sábado, ela é apenas 3% do que o território recebia antes do eclodir deste novo conflito. Antes do ataque do Hamas, no dia 7 de outubro, e do consequente bloqueio total decretado por Israel, entravam em Gaza 450 camiões humanitários por dia, que tentavam responder às necessidades de 2,3 milhões de habitantes. Desde que o Hamas tomou o controlo político de Gaza que a região se tem mantido sobre um forte bloqueio por parte de Israel, que controlava todas as entradas e saídas. Agora, estas movimentações estão totalmente proibidas.

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