França regista participação histórica na segunda volta das eleições legislativas
Até às 17 horas (16 horas de Lisboa) a taxa de participação foi de 59,71%. Um número semelhante só se registou em 1981.
Os franceses saíram este domingo, 7 de julho, às ruas para decidir, numa segunda volta das eleições legislativas, o futuro da França. De acordo com os últimos resultados divulgados pelo Ministério do Interior, até às 17 horas locais (16 horas de Lisboa), o país conseguiu registar uma taxa de participação histórica.
Às 17 horas francesas, a participação na segunda volta das eleições legislativas era de 59,71%, o que representa um ligeiro aumento face à primeira volta de 30 de junho (59,39%).
Em 2022 a taxa de participação, neste mesmo horário, era de 38,1%, o que faz com que este seja o valor mais elevado desde 1981, quando 61,4% dos franceses votaram.
Às 12 horas de domingo (11 horas de Portugal Continental), França já havia registado uma taxa de participação de 26,63%, segundo os dados divulgados pelo Ministério do Interior francês. Este número recorde, também não era assistido desde 1981, quando o país registou 28,3% dos votos e marcou a chegada da esquerda ao poder.
No último domingo, ao meio-dia, votaram 25,9% dos franceses. Já em 2022, a taxa de participação até ao mesmo horário era de 18,43%.
Em algumas cidades, a participação até às 12 horas já ultrapassava os 30%. Foi o caso de Bouches-du-Rhône (34,59%). No fundo da tabela, com as taxas de participação mais baixas, encontra-se Seine-Saint-Denis (12,77%) e Paris (22,03%), aponta o jornal francêsLe Figaro.
O presidente francês, Emmanuel Macron, foi um dos votantes. Chegou à assembleia de voto em Le Touquet, por volta das 12h30 locais (11h30 de Lisboa), e fez-se acompanhar da sua mulher, Brigitte. Fiel à tradição, o chefe de Estado reservou um tempo para cumprimentar os residentes locais.
O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, foi também das primeiras pessoas a dirigir-se às urnas. Votou numa escola em Vanes, no sul de Paris, pouco depois das 10 horas locais. As urnas abriram às 9 horas.
Em jogo estão 501 assentos dos 577 que compõe a Assembleia Nacional, já que 76 foram atribuídos diretamente na primeira volta das eleições legislativas, de 30 de junho. Embora as sondagens apontem para a vitória do Ressemblement Nacional, o partido de extrema-direita poderá não alcançar os 289 assentos necessários para formar Governo, devido ao cordão sanitário criado pela coligação das várias forças de direita moderada, centro e esquerda, aponta o jornal espanholEl Mundo.
Atualizado às 17h11 com os últimos dados do Ministério do Interior
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