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Forças israelitas entram em Rafah

Diogo Barreto 07 de maio de 2024 às 08:40

A entrada em Rafah acontece depois do Hamas ter aceitado condições para um cessar-fogo. Israel negou acordo.

O exército de Israel entrou esta terça-feira de manhã em Rafah, confirmaram fontes oficiais israelitas. Benjamin Netanyahu, o líder israelita, tinha referido várias vezes que Rafah era um dos pontos estratégicos da ofensiva israelita na Palestina já que impossibilitaria o Hamas de se reabastecer. A tomada de Rafah acontece depois de surgirem rumores de que o Hamas estaria pronto a aceitar um cessar-fogo que Israel negou.

REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

A fronteira com o Egito, no leste de Rafah, está agora fechada após a ofensiva noturna que resultou na morte de mais de duas dezenas de pessoas. Os bombardeamentos israelitas que tiveram como alvo várias áreas de Rafah mataram 20 palestinianos e feriram vários outros em ataques que atingiram pelo menos quatro casas, avança aReuters, citando fontes oficiais palestinianas. Israel defende há várias semanas que a cidade de Rafah alberga milhares de membros do Hamas. Milhares de pessoas em Rafah receberam mensagens, telefonemas e panfletos em árabe a informar que deviam abandonar a região e irem em direção à "zona humanitária alargada" montada a 20 quilómetros da cidade. 

"A ocupação israelita condenou os residentes da Faixa de Gaza à morte depois do encerramento da fronteira de Rafah", afirmou Hisham Edwan, porta-voz da Autoridade Fronteiriça de Gaza. 

Na noite de segunda-feira, oAxios, citando duas fontes com conhecimento direto da operação, avançou que as Forças de Defesa de Israel tinham como objetivo o de assumir o controlo do lado palestiniano do posto fronteiriço de Rafah o que se veio a confirmar.

Os Estados Unidos apelaram a Benjamin Netanyahu para que não avançasse com a operação militar para Rafah, pedido que foi rejeitado.

AAl Jazeeraavançou, na segunda-feira, que recebeu uma cópia da última proposta de cessar-fogo aprovada pelo Hamas. A proposta em três fases inclui a libertação de "33 prisioneiros israelitas (vivos ou mortos)" incluindo as mulheres, crianças com menos de 19 anos que não sejam soldados e civis com mais de 50 anos ou que estejam doentes. O Hamas quer ainda que o exército israelita se retire completamente da Faixa de Gaza. Israel não concordou com as propostas apresentadas e avançou mesmo para Rafah.

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